O texto do novo Código Florestal deverá ser votado pelo plenário da Câmara dos Deputados somente após as eleições, afirmou o líder do governo Cândido Vaccarezza (PT-SP) nesta segunda-feira (21/06). Para ele, é necessário tranquilidade para votar o “assunto nervoso”.
A intenção, segundo Vaccarezza, já foi conversada com o relator Aldo Rebelo (PCdoB-SP), responsável pela formulação do parecer na comissão especial daquela Casa que debate a lei de proteção às florestas.
A votação do relatório de Rebelo estava marcada para hoje (22/06), mas foi adiada para a próxima segunda-feira (28/06). Depois de aprovado na comissão, o texto será analisado em plenário, quando poderá receber modificações.
A bancada ruralista, que possui a maioria dos membros da comissão, pressiona pela tramitação rápida da proposta, enquanto os deputados ambientalistas pedem que a votação seja adiada para evitar a contaminação pelo período eleitoral.
Avanços
O líder do governo defendeu as modificações propostas pelo relator. “As críticas são de quem não leu a proposta. Ela traz muitos avanços”, disse.
Vaccarezza citou a isenção de reserva legal (floresta protegida) para as propriedades de até quatro módulos fiscais que, segundo ele, beneficiam os pequenos produtores.
Esse ponto é um dos mais criticados pela entidades ambientalistas, que veem na medida uma carta branca para o desmatamento. As outras críticas ao parecer de Rebelo giram em torno da transferência de responsabilidade para os Estados de legislarem sobre causas ambientais e a redução das matas ciliares ao longo dos rios.