Redação AI 26/05/2003 – O empreendimento terá capacidade para processar cerca de 800 toneladas mensais. O produto será destinado principalmente para os mercados da Inglaterra, França e Holanda. Os investimentos da Lar são da ordem de US$ 6 milhões. “Em três ou quatro anos, quem não tiver peças pré-cozidas não terá mais acesso ao mercado europeu”, prevê o gerente da divisão Alimentos da Cooperativa, Luiz Antônio Genevro, para quem a medida passa a ser uma exigência dos países consumidores, que recebem atualmente as peças salgadas e imediatamente fazem o pré-cozimento.
Investimento com retorno
Barreiras sanitárias – Para o presidente do Sindicato das Indústrias Avícolas do Paraná (Sindiavipar), Domingos Martins, a mudança garantirá ao produto nacional mais facilidades contra as barreiras sanitárias européias e maior uniformidade no custo. O Sindicato, que representa 32 empresas e cooperativas paranaenses, sendo 15 exportadores, projeta perspectivas otimistas para o estado nos próximos anos. A entidade diz acreditar que as vendas deste ano deverão crescer 12% em valor em relação ano passado, quando atingiram a US$ 331 milhões. “Com novos investimentos em plantas mais modernas e política agressiva nos mercados internos e externos, a avicultura paranaense consegue aumentar o valor agregado aos seus produtos”, afirma Martins.
Produção estadual
Nos primeiros quatro meses deste ano, a produção paranaense de frango cresceu 5,4% em relação a janeiro-abril do ano passado. O abate aumentou de 239,7 milhões de aves para 252,7 milhões e manteve o estado como o maior produtos brasileiro, com participação de 19,2% (480,1 mil toneladas) no total de abates do quadrimestre (2,4 milhões/t). No mês de abril, foram abatidas 61,7 milhões de aves (crescimento de 0,29% sobre março), enquanto no País houve queda de 3,48% no abate – dados do Sindiavipar. A produção paranaense supera o segundo produtor (SC) em 19% e em 26,5% a produção gaúcha.