Não é de hoje que a carne de frango produzida nos frigoríficos paranaenses ganhou a mesa dos estrangeiros, só que agora, o produto está mais valorizado lá fora, principalmente entre os americanos e os europeus.
As carnes e o farelo de soja foram os responsáveis por um recorde no estado: nunca as cooperativas paranaenses venderam tanto para o exterior quanto neste começo de ano. O estado liderou as exportações brasileiras entre as cooperativas, alcançando os R$ 210 milhões só em janeiro.
No cenário tão favorável, teve até quem não exportou mais porque não quis. É o caso de uma cooperativa de Palotina, que abate 320 mil frangos por dia, e que prefere dividir em meio a meio as vendas para o exterior e para o mercado interno.
Como a situação lá fora se mostrou boa, mesmo recusando negócios, a indústria de Palotina exportou 5% a mais que a média dos últimos meses.
Se o volume exportado aumentou, o faturamento também, o que se explica pela industrialização. A Cooperativa de Cascavel, por exemplo, está investindo R$ 40 milhões em um novo moinho. Em vez de vender o trigo colhido pelos produtores, ela vai entregar a farinha pronta para o mercado. “As cooperativas têm investido nos parques industriais pesadamente e o resultado hoje são exportações não mais de produtos in natura, mas de produtos industrializados”, explica Dilvo Grolli, presidente da Coopavel.