No ranking geral das exportações do Paraná, os produtos do complexo soja continuam na primeira colocação, com uma participação de 29,7% nos primeiros cinco meses do ano. A segunda colocação voltou a ser ocupada pelos materiais de transporte (veículos e partes de veículos), que respondem por 14,8% das exportações.
Os dados do Ministério do Desenvolvimento também reforçam a noção de que o comércio exterior do Paraná saiu do período de contração severa provocada pela crise. As exportações em maio cresceram pelo quarto mês consecutivo, atingindo US$ 1,36 bilhão, com uma elevação de 4,8% sobre abril e de 22,2% sobre maio de 2009. As importações somaram US$ 1,05 bilhão, mantendo o ritmo forte de aceleração, com alta de 5% em relação a abril e de 54,9% em relação a maio de 2009.
Nos primeiros meses deste ano, houve uma melhora sensível nos embarques de produtos manufaturados, em especial dos materiais de transporte – a alta neste caso foi de 51%, para US$ 773 milhões. Houve incrementos importantes também em itens do segmento de mecânica (50%), produtos têxteis (33%), e papel e celulose (29%). Com isso, foi amenizado o movimento que levou os itens básicos à liderança da pauta de exportação. Até maio, os básicos representaram 45% dos embarques, contra 43% dos produtos manufaturados.
De acordo com o chefe do Departamento Econômico da Fiep, Maurílio Schmitt, a tendência é de deterioração da balança comercial, com importações crescendo mais que as exportações, influenciadas pelo câmbio. “”Nos primeiros cinco meses do ano, as exportações cresceram 17% em dólares, chegando a US$ 5,2 bilhões. Mas o câmbio médio mais baixo fez com que o faturamento em reais ficasse 4,9% inferior””, calculou. “”A rentabilidade para os exportadores caiu neste ano””. A valorização do real favoreceu as importações e fez com que o superávit da balança comercial do Estado fosse de apenas US$ 535 milhões, menos da metade dos US$ 1,3 bilhão dos primeiros cinco meses de 2009.