Na contramão dos números brasileiros, o Paraná fechou o ano de 2012 com aumento das exportações de carne de frango. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), vinculada ao Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o Brasil recuou 0,65% na quantidade de produtos embarcados, passando de 3,94 milhões de toneladas para 3,92 milhões de toneladas, e retração de 6,6% no faturamento, que chegou a US$ 7,7 bilhões contra US$ 8,25 bilhões em 2011.
Já o Paraná, mesmo com as turbulências do mercado provocadas pela alta dos insumos e pela crise de crédito que afetou o segmento no último semestre de 2012, exportou 1,12 milhões de toneladas da proteína em 2012, 7% a mais do que em 2011 (1,04 milhões de toneladas).
O faturamento sofreu uma ligeira queda de 1,12%. Em 2012 o estado faturou US$ 2,06 bilhões enquanto no ano anterior foram US$ 2,04 bilhões. O presidente do Sindiavipar, Domingos Martins, explica que a queda no faturamento foi devido à crise europeia. “Exportamos mais, porém foram mix de cortes de frango mais baratos. Foi uma adequação do mercado à crise econômica que os principais importadores estavam atravessando”, comenta.
Abates
O saldo do número de abates também foi positivo no Paraná. A quantidade abatida em 2012 foi de 1,4 bilhão de cabeças ou 3,08 milhões de toneladas, 0,85% superior do que em 2011, quando o país produziu 1,3 bilhão de aves ou 3,06 milhões de toneladas, de acordo com dados do Sindiavipar. O Noroeste do estado foi responsável por 43,29% da produção, seguido pelo Sudoeste, com 21,26%, Sudeste com 9,29% e Nordeste com 26,16%.
Já a produção de carne de frango brasileira, segundo informações da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), foi de 12,64 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 3,17% em relação a 2011.
Martins ressalta que o Paraná conseguiu atravessar a turbulência da crise devido a organização que a cadeia produtiva possui, e que a perspectiva de crescimento para o segmento é positiva em longo prazo. “Não vamos mais crescer ao chamado ritmo chinês, mas será acima do PIB. É importante enfatizar que a carne de frango é a proteína mais consumida e acessível ao brasileiro e isso é de extrema importância para a recuperação do setor”, conclui.