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Paranaguá perde carga para portos de SC e SP

<p>Segundo empresários, a falta de drenagem limita a circulação de navios de grande porte, obrigando embarcações a deixar o terminal com menos carga.</p><p></p>

Redação (14/07/2008)- Impulsionado pela demanda por commodities agrícolas, que representam 33% do movimento, o porto de Paranaguá (PR) é alvo de crítica do empresariado, que pede obras que tornem a movimentação de cargas mais eficiente. Segundo representantes do agronegócio e da indústria, as limitações têm forçado a mudança dos negócios para portos de Santa Catarina e São Paulo. Um dos gargalos é a falta de dragagem. Segundo empresários, o problema limita a circulação de navios de grande porte, obrigando embarcações a deixar o terminal com menos carga.

O porto diz que a redução do número de navios não é significativa. A administração reconhece problemas de infra-estrutura e diz que foram herdados. A atual direção, que assumiu em 2003, afirma ter saneado as finanças do porto, que estariam comprometidas por pagamento de horas extras virtuais e exploração irregular de mão-de-obra. "Pegamos um porto que não recebia investimentos havia 16 anos, pronto para a privatização e sem dinheiro em caixa para honrar salários. Hoje conseguimos ter R$ 350 milhões próprios para investimentos", disse o superintendente da Appa (Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina), Eduardo Requião. Ele diz que os recursos já ajudaram a remodelar vias de acesso ao terminal, além de garantir projetos como o terminal público de escoamento de álcool e novos armazéns para fertilizantes e grãos. Um gargalo eliminado foi a formação de filas de caminhões na rodovia de acesso ao terminal.

MAIS PROBLEMAS – "Além de berços de atracação sem manutenção e equipamentos de embarque obsoletos, não há diálogo dessa direção com o produtor", disse Nilson Camargo, assessor para assuntos de logística da Faep (agricultura). Paulo Ceschin, coordenador de logística na Fiep (indústria), afirmou que a acessibilidade do porto é "limitada" e "encarece custos". O administrador do porto reconhece o desgaste de equipamentos, mas diz que a demanda ainda é insuficiente. "Eles [equipamentos] podem carregar 180 mil toneladas de grãos, mas tem que vir carga para isso. E hoje o que chega não passa de 60 mil toneladas/dia."