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Partes exóticas

Empresa fatura com a exportação de partes de aves menos nobres.

Redação AI 20/11/2002 – A Granja Céu Azul, instalada em Sorocaba (SP), exporta ponta de asa e joelho de frango. Exporta também, pé, pele e rabo, partes desprezadas do galináceo mais consumido no Brasil que, no entanto, são consideradas verdadeiras iguarias pelos orientais. O joelho, a pele e a cartilagem do peito das aves são consumidos como aperitivos ou usados na composição de sopas e caldos no Japão. O meio da asa, os pés e a sambica – ou rabo – são apreciados pela população de Hong Kong. Esses hábitos de consumo, que se transformaram numa boa fonte de renda, foram detectados pela granja, com matriz em Pereiras, na região de Sorocaba.

A empresa avícola, uma das maiores do Estado, destina para esses cortes, considerados especiais, parte das linhas de produção de um abatedouro instalado em Itapetininga. As peças, quase sem mercado no Brasil, são exportadas a preço muito compensador, como informa a coordenadora de desenvolvimento da empresa, Luciane Del Rio. A cartilagem do joelho e do peito, por exemplo, é vendida a US$ 2,00 o quilo. As exportações estão sendo feitas desde o início do ano. “O volume ainda é baixo, mas o mercado tem grande potencial”, diz Luciane. Estão sendo embarcadas, em navios, de duas a três cargas de 25 toneladas por mês. Os cortes congelados a 18 graus negativos são embalados em pacotes selados de polietileno, com 2 quilos, ou em caixas de 6 quilos.

Outros produtos menos exóticos, como o filé da coxa, o leg quart (coxa e sobrecoxa) e cortes do peito, também são exportados. A avícola entrou há três meses no mercado russo. “Também ali o potencial é imenso”, afirma. A Céu Azul foi fundada em 1974 e mantém três abatedouros, com capacidade de abate de 300 mil aves por dia.