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Exportação

Pela primeira vez, Brasil poderá vender carne suína para a Coreia do Sul

Decisão foi comunicada à ministra Kátia Abreu pelo embaixador sul-coreano, Lee Jeong Gwan.

Pela primeira vez, Brasil poderá vender carne suína para a Coreia do Sul

Pela primeira vez, o Brasil poderá embarcar carne suína in natura para a Coreia do Sul. Depois de mais de 10 anos de negociação, o governo coreano decidiu autorizar a importação de carne suína produzida em Santa Catarina. O potencial de exportação dos estabelecimentos catarinenses para aquele país é de US$ 108 milhões, o que representa 33 mil toneladas do produto, conforme o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Em carta à ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), o embaixador da Coreia do Sul no Brasil, Lee Jeong Gwan, informou que a sinalização para o comércio bilateral de carne suína in natura foi dada pelo Ministério da Agricultura, Alimentos e Assuntos Rurais daquele país.

Os procedimentos preliminares para abertura dos embarques foram feitos em atendimento a respostas encaminhadas pelo governo brasileiro e em visitas técnicas a estabelecimentos em Santa Catarina. Os dois países esperam concluir ainda este ano todas as formalidades da negociação para permitir as primeiras exportações.

De acordo com a secretária de Relações Internacionais do Agronegócio do Mapa, Tatiana Palermo, o Brasil comemora a decisão das autoridades sul-coreanas: “Aquele país é um dos maiores importadores mundiais de carne suína. Hoje, a União Europeia, os Estados Unidos, o Canadá e o Chile os são maiores fornecedores do produto para o mercado coreano. A produção local da Coreia do Sul está sendo afetada pelos surtos de febre aftosa e de diarreia epidêmica suína (PEDV). O Brasil é o parceiro que poderá oferecer produto saudável e seguro ao consumidor sul-coreano.”

Requisitos sanitários

As próximas etapas a serem cumpridas entre os dois países são a apresentação de requisitos sanitários exigidos pelas autoridades sul-coreanas, a elaboração do certificado sanitário internacional e a habilitação das plantas exportadores.

 
Segundo a Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio, a carne suína de Santa Catarina foi escolhida pelas autoridades sanitárias sul-coreanas porque esse é o único estado brasileiro livre de febre aftosa sem vacinação reconhecida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

Comemoração

O acordo para a abertura do mercado acontece após um longo período de negociações entre as autoridades sul-coreanas e o Governo Brasileiro – por meio do MAPA e do Ministério das Relações Exteriores – juntamente com a ABPA, desde 2009.  

Inicialmente, serão autorizadas exportações de Santa Catarina, que é o único estado brasileiro reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como livre de aftosa sem vacinação.

“Realizamos três missões e incontáveis contatos com as autoridades sanitárias do Governo sul-coreano, buscando destravar processos que envolviam a habilitação.  O acordo é uma vitória para os exportadores de carne suína”, destaca Francisco Turra, presidente-executivo da ABPA.

A Coreia do Sul é o quarto maior importador de carne suína do mundo, com um total de importações anuais de cerca de 600 mil toneladas, conforme números do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

“Há grande potencial de negócios para os exportadores brasileiros no mercado sul-coreano, que já aumentou significativamente os negócios com outros setores da proteína animal do Brasil, como a carne de frango.  Esperamos, com isto, ampliar os volumes embarcados para a Ásia, diminuindo a dependência das exportações para o Leste Europeu”, completa Turra.

Conforme a ABPA, dentro da tramitação do processo, as demais fases necessárias para a efetivação dos embarques deverão ocorrer em breve.