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Peso menor, para driblar a crise

Os índices alcançados pela suinocultura brasileira em 2001 foram suficientes para o fechamento de negócios com novos mercados.

Redação SI 02/10/2002 – Os índices alcançados pela suinocultura brasileira em 2001 foram suficientes para o fechamento de negócios com novos mercados, como o da Rússia que se consolidou como o principal comprador do Brasil, absorvendo cerca de 70% das 265 mil toneladas exportadas de carne suína durante o ano (volume que superou em 107% o de 2000). O restante permaneceu por conta das aquisições de Hong Kong, Uruguai e Argentina.

O comportamento do segmento no ano passado deveu-se aos custos de produção favoráveis ao suinocultor e à decorrência da boa disponibilidade interna de milho e soja. Da mesma forma, teve início 2002, com projeções de continuidade de crescimento da demanda internacional pela carne suína brasileira. Todavia, a frustração foi geral, afinal há registros de excesso de oferta no mercado interno e pressão baixista nos preços, uma vez que o consumo brasileiro por esse tipo de carne não ocorre em nível capaz de absorver excedentes de produção.

De acordo com analistas do Instituto de Economia Agrícola do Estado de São Paulo, contribuem para a repressão do setor os custos mais elevados devido à baixa produção nacional de milho e alta nos preços internacionais de farelo de soja, além da desvalorização do Real que encarece os insumos importados.

Aliado a tudo isso, os suinocultores amargam um excedente sem precedente, em função de uma expectativa de duplicação das exportações, fato que não tem ocorrido.

Para amenização dos prejuízos, o mercado adotou a prática da redução do tempo de engorda e, conseqüentemente, do peso médio de abate dos animais. Isso tem ocorrido principalmente nos pólos de produção onde existe integração produtor/indústria. São os casos de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná, onde estão também as principais expressões nas exportações brasileiras de carne suína (83%, 13,8% e 2,8% respectivamente em 2001).