Encontrar formas limpas, seguras e consistentes de gerar energia elétrica sem queimar combustíveis fósseis é o desafio que pesquisadores da RMVale estão encarando. Universidades da região investem em projetos de energia renovável de olho no setor que movimentará mais de US$ 300 bilhões no mundo até 2020.
Na Unitau (Universidade de Taubaté), os professores e pesquisadores Ederaldo Godoy Junior e José Rui Camargo, este também reitor, criaram um módulo do tamanho de uma foto 3×4 que ‘rouba’ o calor da placa fotovoltaica e produz energia.
As placas fotovoltaicas, que captam a luz solar para gerar energia, não gostam de calor. No Brasil, elas têm vida mais curta.
ESGOTO/ Outra fonte de energia limpa desenvolvida na Unitau é a biomassa, que converte esgoto em biogás e, depois, em energia elétrica.
Biodigestores são a bola da vez para alunos do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), em São José, que estudam projetos de aproveitar resíduos e gerar energia.
Mas não só. Os alunos Hygor Dupin, Felipe Villar e Alexander Cardoso ganharam um prêmio na Alemanha, em 2010, por desenvolver a ideia de uma borracha sintética para fabricar aquecedores solares.
Em Guaratinguetá, o professor Teófilo Miguel de Souza criou o Centro de Energias Renováveis na FEG (Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá), ligada à Unesp (Universidade Estadual Paulista) e que oferece projetos gratuitos de energia renovável à população. São equipamentos que aquecem a água, geram energia elétrica e movimentam motores de forma limpa e barata, sem uso de combustível.
“Projetar, desenvolver, testar, divulgar, apresentar, dimensionar e realizar treinamentos sobre energias renováveis. É o que fazemos no Centro”, explica Souza, que acredita na região se transformando em um polo de desenvolvimento de energias alternativas.