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Economia

PIB do agronegócio cresce 0,02% em janeiro

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro manteve-se estável em janeiro deste ano, apresentando leve alta de 0,02%.

PIB do agronegócio cresce 0,02% em janeiro

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro manteve-se estável em janeiro deste ano, apresentando leve alta de 0,02%. Os setores que mais se destacaram foram o básico e o industrial, ambos apresentando crescimento de 0,07% no primeiro mês de 2014, de acordo com levantamento feito pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), da Esalq/USP. Ao mesmo tempo, a cadeia da agropecuária conservou a tendência de alta verificada no decorrer de 2013 e apresentou elevação de 0,32%, ainda segundo o estudo CNA/CEPEA.

Já na atividade “dentro da porteira”, destaca o estudo, o destaque em janeiro ficou por conta da cadeia pecuária que apresentou crescimento de 0,25%. Este resultado foi consequência da maior produção média dos setores acompanhados pela pesquisa, com incremento de 3,02%. Em relação aos preços ocorreu queda de 0,15%. O destaque negativo foi o desempenho apresentado na cadeia da agricultura com redução de 0,11% no primeiro mês de 2014, mostra o documento.

O pior desempenho entre os segmentos do agronegócio ocorreu no setor de insumos que, em janeiro passado, apresentou retração de 0,2%, segundo mostra a análise do CNA/CEPEA. O cenário foi de queda tanto para os insumos agrícolas (-0,33%) quanto os da pecuária (-0,1%), pressionados pelos setores de adubos, fertilizantes e de alimentos para animais que apresentaram retrações de 27,08% e 6,54%, respectivamente. No entanto, esse cenário negativo, assinala o documento, não foi surpresa e já era esperado pelo setor.

A situação adversa aconteceu também com os segmentos de adubos e fertilizantes, comparado com o ocorrido em janeiro de 2013: queda de 8,35% nos preços e expectativa de queda na produção até o final deste ano de 20,44%. Já com relação aos preços, apesar da retração anual, houve aumento em comparação com dezembro de 2013, devido à demanda aquecida para produtos como cana-de-açúcar, milho e culturas de inverno, com vendas de 2,2 milhões de toneladas, crescimento de 13% em relação ao último mês do ano passado.

Pecuária sustenta crescimento – Os números do levantamento da CNA/CEPEA mostram que a pecuária sustentou o bom desempenho dos preços no segmento básico do agronegócio, “dentro da porteira”. Isso em razão do crescimento de 0,25% da cadeia pecuária, que permitiu um incremento total de 0,07% naquele mês, já que o no setor agrícola ocorreu queda de 0,07%. No caso da agricultura, o mau desempenho ocorrido em janeiro refletiu a dinâmica de preços que “apresentaram um recuo médio de 3,46% em comparação com janeiro do ano passado”, segundo documento.

A queda nas cotações da cadeia agrícola está relacionada principalmente com a situação de culturas como as de café, batata, cana, tomate e, principalmente, milho. O estudo do CNA/CEPEA, indica que, com relação à produção, a expectativa é um crescimento de 2,29% em 2014, comparado com o resultado do ano passado. Os produtos para os quais se espera faturamento maior, este ano, são: algodão (50,66%); arroz (8,54%); banana (39,73%); cacau (45,74%); feijão (1,18%); fumo (1,42%); laranja (49,31%); mandioca (68,67%); soja (3,58%) e uva (51,54%).

Entre as culturas acompanhadas pelo estudo CNA/CEPEA onde se espera redução no faturamento, em 2014, destacam-se: batata (43,85%); café (20,87%); cana (9,97%); cebola (45,45%); milho (28,45%); tomate 51,17%); e trigo (20,08%). Em relação à batata, a cana e o tomate, a pressão negativa é consequência da esperada queda nos preços e, nos demais produtos, as variações negativas esperadas atingem tanto os preços quanto o volume de produção.