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PIB do agronegócio em MG tem maior crescimento em 6 anos

Os fatores que mais contribuíram para o desempenho do Estado no setor agrícola foram a produção recorde de grãos, café e cana-de-açúcar.

Redação (17/03/2009) – O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio mineiro encerrou o ano de 2008 com um crescimento recorde de 14,8% sobre o valor do ano anterior, ou R$ 90,534 bilhões. Os resultados superaram os valores registrados desde o início da série em 2002.

Ao analisar os dados, o secretário de Estado da Agricultura, Gilman Vianna Rodrigues afirmou que o desempenho do setor dificilmente irá atingir valores tão expressivos em 2009, em razão da crise financeira internacional, ressaltando que, para os empresários, este "não é o momento de fazer investimentos, mas de ter cautela até que a turbulência passe".

Desde 2002, o PIB do agronegócio mineiro vem atingindo um crescimento médio de 7,37% ao ano. Em 2008, o setor passou a atingir 12% do total do agronegócio nacional e 35% do Produto Interno do Estado. A grande preocupação das lideranças do setor é quanto à crise que atravessa a pecuária, que possui uma participação maior, de 51,8%, na composição global. O setor cresceu 22,5% e foi o grande responsável pelo crescimento do agronegócio no ano passado. Já a agricultura, que responde por 48,2% do total, cresceu 7,5%.

Conforme o assessor técnico da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas (Faemg), Pierre Santos Vilela, os fatores que mais contribuíram para o desempenho do Estado no setor agrícola foram a produção recorde de grãos (a segunda maior na história), café e cana-de-açúcar, que também obtiveram preços remuneradores no primeiro semestre do ano passado.

"Ainda não temos elementos que permitam estimar o desempenho do agronegócio este ano, mas acreditamos que a necessidade de consumo de alimentos fará com que o setor sofra menos que os demais segmentos da economia", afirmou o presidente da Faemg, Roberto Simões. Para o secretário da agricultura, a crise não deverá restringir por muito tempo a importação de alimentos por outros Países e é esta demanda mínima que irá sustentar a produção este ano.