Da Redação 01/12/2005 – O Produto Interno Bruto (PIB) a preços de mercado soma das riquezas geradas no país apresentou queda de 1,2% no terceiro trimestre de 2005, em relação ao segundo trimestre deste ano, na série com ajuste sazonal. Em relação ao terceiro trimestre de 2004, o crescimento foi de 1,0%. O acumulado no ano registrou crescimento de 2,6% em relação ao mesmo período de 2004. No acumulado em quatro trimestres, a taxa ficou em 3,1% quando comparada aos quatro trimestres imediatamente anteriores.
O resultado do terceiro trimestre de 2005 em relação ao segundo trimestre deste ano, foi influenciado, principalmente, pela agropecuária e a indústria que registraram queda de 3,4% e 1,2%, respectivamente. O setor de serviços manteve-se estável (taxa de 0,0%).
Em relação aos componentes da demanda, destaca-se a queda de 0,9% da formação bruta de capital fixo no terceiro trimestre deste ano, após o aumento de 4,7% no segundo trimestre de 2005. O consumo do governo também apresentou resultado negativo de -0,4% e as importações de bens e serviços, por sua vez, registraram pelo oitavo trimestre consecutivo um aumento da ordem de 1,4%. Por outro lado, o consumo das famílias registrou variação positiva de 0,8% e as exportações de bens e serviços seguiram a trajetória de crescimento, iniciada no segundo trimestre de 2003, com resultado de 1,8%.
Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, o PIB cresceu 1,0%. O valor adicionado a preços básicos apresentou um aumento de 0,8% e os Impostos sobre Produtos uma elevação de 2,8%. Dois setores contribuíram para a geração do valor adicionado com taxas positivas na comparação com o mesmo trimestre de 2004. O setor de serviços com uma taxa positiva de 1,5%, seguido pela indústria com variação de 0,4%. Por outro lado, a agropecuária apresentou uma queda de 1,9%. Dentre os componentes da demanda, a formação bruta de capital fixo, após seis trimestres apresentando resultados positivos, registrou queda de 2,1%. Nesta mesma comparação, o consumo das famílias alcançou a taxa positiva de 2,8%, o oitavo crescimento consecutivo. Já o consumo do governo apresentou crescimento de 1,3% no terceiro trimestre de 2005 na comparação com o mesmo período de 2004. Pelo lado da demanda externa, as exportações de bens e serviços mantiveram-se em crescimento registrando taxa de 12,3% no período. As importações de bens e serviços também apresentaram mais uma vez elevação nesta comparação, da ordem de 9,4%.
Considerando os últimos quatro trimestres, o PIB acumulado cresceu 3,1% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. O resultado do valor adicionado neste tipo de comparação decorreu do desempenho dos três setores que o compõem: indústria (3,7%), serviços (2,5%) e agropecuária (1,8%). Na análise da demanda, o consumo das famílias cresceu 3,5%, o consumo do governo apresentou elevação de 1,6%. A formação bruta de capital fixo 3,2% e, no âmbito do setor externo, as exportações de bens e serviços apresentaram um crescimento de 13,7%, enquanto as importações de bens e serviços tiveram elevação de 11,7%, neste tipo de comparação.
Por fim, o PIB a preços de mercado no acumulado de janeiro a setembro apresentou crescimento de 2,6%, em relação a igual período de 2004. Na mesma base de comparação, os setores da indústria e agropecuária cresceram 2,9% e 1,5%, respectivamente, e o setor de serviços 2,1%. Na análise da demanda, considerando a comparação do acumulado do ano contra o mesmo período de 2004, o consumo das famílias cresceu 3,1%. O consumo do governo ampliou-se em 1,8% enquanto a formação bruta de capital fixo apresentou taxa positiva de 1,2%. Analisando o setor externo, os componentes exportações de bens e serviços e importações de bens e serviços apresentaram taxas positivas de 12,9% e 11,4%, respectivamente.
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