O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, apresentou ao presidente da Comissão de Agricultura do Parlamento Europeu, deputado Paolo de Castro, um convite para que o parlamentar italiano visite o Brasil nos próximos meses. Ele não apenas confirmou que irá ao país, como também disse que quer ajudar as autoridades brasileiras a melhorar sua relação com a União Europeia.
A iniciativa do ministro tem como objetivo ampliar as negociações para a maior abertura da Europa às exportações brasileiras de produtos agrícolas, como etanol e carne bovina. “Queremos dar as informações necessárias para ampliar o grau de conhecimento sobre o Brasil na Europa”, disse o ministro, à saída do encontro, ocorrido na sede do Parlamento Europeu em Bruxelas.
Rossi teve um encontro com o deputado no final da tarde desta segunda-feira (12). Ele foi apresentar a Castro as medidas adotadas pelo governo brasileiro no último Plano Agrícola e Pecuário 2010/2011, lançado em junho passado, e como o País está promovendo uma “revolução de resultados” em sua produção agrícola.
O ministro relatou que o Brasil vem, reiteradamente, nos últimos anos, quebrando recorde na produção de grãos e alimentos. “E vimos fazendo isso ao mesmo tempo em que mantemos praticamente a mesma área de cultivo. O Brasil amplia sua produção de alimentos de maneira produtiva”, comentou.
Rossi lembrou ao parlamentar os esforços do governo brasileiro para garantir mais comida na mesa dos brasileiros e dos povos de outros países, enquanto preserva o seu meio ambiente. “Eu falei um pouco do que vimos fazendo no Norte, com o projeto Boi Guardião, que impede os pecuaristas de promover desmatamentos sob o risco de não poder comercializar carne bovina”, disse.
Por último, o ministro da Agricultura explicou as medidas que foram tomadas recentemente pelo governo brasileiro para garantir recursos para as boas práticas agronômicas. Ele explicou como o governo federal destinou R$ 2 bilhões no Plano Agrícola para o Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), que vai incentivar processos que neutralizem ou minimizem os efeitos dos gases de efeito estufa. A ideia é difundir uma nova agricultura sustentável para redução do aquecimento global, a ser adotada pelos agricultores nos próximos anos.
Além dos recursos do ABC, o governo prevê outras linhas de financiamento para projetos de produção sustentável no campo: o Programa de Estímulo à Produção Agropecuária Sustentável (Produsa) e o Programa de Plantio Comercial e Recuperação de Florestas (Propflora). “O Brasil caminha para mudar radicalmente sua produção no campo, dando exemplo para o mundo de como é possível produzir alimentos e preservar o meio ambiente”, concluiu Rossi.
Nesta terça-feira (13) o ministro terá novas reuniões de trabalho em Bruxelas. Pela manhã, às 9h30, encontra-se com o presidente da Comissão de Comércio Internacional da União Europeia, deputado Vital Moreira e, às 15 horas, com o comissário de Agricultura e Desenvolvimento Rural da União Europeia, Dacian Ciolos.