Entre 2005 e 2010 foram exportadas e importadas pelo Porto de Paranaguá 33 milhões de toneladas de cargas anualmente. Já entre 2011 a 2015, a movimentação ultrapassou a casa das 45 milhões de toneladas, o que representa um aumento de mais de 30% na produção. Em 2013, com produção em alta no campo e os preços das commodities no pico, o porto chegou ao seu recorde histórico de movimentação, com 46,1 milhões de toneladas.
“Os investimentos que fizemos nos últimos cinco anos são essenciais. No entanto, precisamos lembrar que o porto deve muito de seu desempenho à expertise de seu corpo técnico e, mais que tudo, aos 20 mil trabalhadores que estão diretamente envolvidos com a atividade portuária em Paranaguá”, declarou o governador Beto Richa.
Nos últimos cinco anos foram registrados recordes na operação de quase todos os produtos movimentados pelo Porto de Paranaguá, o que dinamizou e impulsionou a economia do Estado. Por ano, são exportadas 7,5 milhões de toneladas de soja, 5,2 milhões de toneladas de farelo de soja, 4,2 milhões de toneladas de milho e 4,4 milhões de toneladas de açúcar.
No sentindo contrário, abastecendo o campo, Paranaguá é o maior e mais importante porto do País na importação de fertilizantes, com 9,5 milhões de toneladas desembarcadas por ano. O montante representa cerca de 35% de todo o fertilizante importado pelo Brasil.
Na movimentação geral, 2015 foi um ano especial. O porto conquistou sua maior movimentação em toda história ao longo de um único mês. Somente em abril, foram movimentadas 4,6 milhões de toneladas em cargas, resultado de uma série de investimentos em capacidade de movimentação, em operação no cais e em novas normas de eficiência para embarque e desembarque de mercadorias.
Maior exportador de frango
O Porto de Paranaguá também assumiu a liderança nacional nas exportações de carne de frango, com 1,25 milhões de toneladas exportadas, de janeiro a outubro de 2015. A marca supera em 14% o volume de 1,10 milhões de toneladas do produto enviadas pelos portos catarinenses de Navegantes e Itajaí.
“A ampliação do modal ferroviário trouxe uma opção mais econômica para os produtores, fazendo com que a carne fosse canalizada para Paranaguá”, afirmou o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho. Ele se refere aos investimentos feitos desde 2011 na modernização da Ferroeste para dobrar sua capacidade de operação.
Para o diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino, os investimentos na modernização do terminal paranaense trouxeram maior agilidade para as operações e impulsionaram as exportações.
“A ampliação do cais do Porto e a aquisição de novos equipamentos possibilitaram um aumento de produtividade e trouxeram novas rotas de navios para Paranaguá. Além disso, temos a nosso favor todo o trabalho dos produtores rurais do Paraná que lideram a produção no País”, ressaltou Dividino.
Corredor de exportação
Nos últimos cinco anos, o Corredor de Exportação também chegou a resultados nunca antes alcançados. São recordes de movimentação anual, mensal e diária. Os números são fruto de diversos fatores, como aumento de produtividade, com investimentos em carregadores de navios, e a confiança do produtor no Porto de Paranaguá, que decidiu usar o terminal paranaense como forma de escoar a sua produção.
Em de junho deste ano, o porto bateu a melhor marca de exportação diária de grãos, com 55 mil toneladas embarcadas em um período de 24 horas. No mesmo mês, o corredor alcançou o maior volume da história em exportação de grãos, com 1,91 milhão de toneladas movimentadas. Isso significa que 2015 foi o ano em que, pela primeira vez, o Corredor de Exportação chegou à casa das 16 milhões de toneladas exportadas.
O Silo Público, que faz parte do Corredor de Exportação, é o melhor exemplo de como esta série de recordes alcançados faz parte de uma soma de investimentos em produtividade e do estreitamento da relação do porto com os clientes.
Em 2015, a movimentação no Silão atingiu o recorde de 3 milhões de toneladas durante o ano, mais de 20% acima do recorde anterior. O Silão é o local onde os pequenos e médios produtores podem armazenar suas cargas enquanto aguardam para exportá-las, mesmo que não estejam vinculados a alguma grande cooperativa ou multinacional graneleira.
Porto de Antonina
Antes relegado, o Porto de Antonina também atingiu novos patamares de operação. Até 2011, o máximo que o porto tinha conseguido movimentar em um período de um ano era pouco mais de 1 milhão de toneladas, volume registrado em 2004. De 2005 a 2010, o resultado foi ainda pior – a média de movimentação ficou em 480 mil toneladas anuais. Entretanto, de 2011 a 2015, o porto deixou de ser subutilizado e voltou a ter um papel importante no comércio exterior paranaense, com uma média anual de movimentação de 1,4 milhão de toneladas, um resultado três vezes superior ao alcançado nos anos anteriores.
Mais do que isso, a movimentação de cargas se dinamizou, com a retomada, em 2015, da exportação de açúcar pelo terminal, complementando a atividade de importação de fertilizantes.