Redação AI 19/07/2005 – O primeiro semestre de 2005 foi o mais positivo de todos os tempos para a indústria avícola paranaense em relação à receita cambial obtida com as exportações de frango de corte. Entre janeiro e junho deste ano os embarques alcançaram a receita recorde de US$ 384,282 milhões. Este desempenho permitiu o crescimento de 23,18% das vendas ao mercado externo, em comparação ao primeiro semestre de 2004. Neste período, o volume exportado pelas indústrias avícolas locais atingiu 354,64 milhões de toneladas, registrando o crescimento de 19,25% nos embarques.
Nos seis primeiros meses do ano, as exportações brasileiras de frango de corte trouxeram a receita cambial de US$ 1,526 bilhão, o que corresponde a um avanço de 24,90%. Já o volume exportado pelas indústrias brasileiras cresceu 19,76%, atingindo a marca de 1,355 milhão de toneladas. Os indicadores da avicultura paranaense foram apresentados ontem, durante almoço em comemoração à posse das novas diretorias do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), que será presidida por Domingos Martins pelo segundo mandato, e da Associação dos Abatedouros e Produtores Avícolas do Paraná (Avipar), que tem como novo presidente Alfredo Kaefer.
O presidente do Sindiavipar, Domingos Martins, avalia que este novo recorde reflete a capacidade da indústria paranaense de organizar a sua produção, com o objetivo de alcançar as oportunidades oferecidas pelo mercado. Para Martins, este trabalho deve permitir superar a meta de crescimento de 15% para as exportações deste ano em volume e em receita cambial. “Tudo indica que teremos condições de superar as estimativas iniciais de crescimento”, afirma.
O presidente da Avipar, Alfredo Kaefer, avalia que para garantir a manutenção do bom desempenho registrado até agora, o segmento avícola deve se manter atento ao câmbio e ao equilíbrio entre a oferta de frango de corte e a demanda do mercado. “As empresas registraram o equilíbrio porque a cotação da produção no mercado internacional melhorou, por isso é preciso cautela”, alerta.
Semestre
A produção paranaense de frangos de corte também cresceu nos primeiros seis meses de 2005. No período foram abatidas 485,63 milhões de cabeças, o que corresponde ao avanço de 7,63%. A produção de perus também merece destaque no acumulado do ano, registrando aumento de 28,04%. Para Martins, este desempenho é reflexo da capacidade empreendedora da indústria paranaense, que tem realizado novos investimentos em suas plantas industriais para ampliar o mix de produtos e desta forma atender as diferentes demandas do mercado.
Martins aproveitou a solenidade para destacar a necessidade – e importância – da continuidade dos trabalhos voltados à sanidade do setor. “Precisamos regionalizar a avicultura brasileira”, disse ele, acentuando que isso permitiria a adoção de uma série de medidas que, em casos de doenças da lista A da Organização Internacional de Epizootias (OIE), Influenza Aviária, Newcastle, possibilitariam que os plantéis envolvidos sejam isolados e que outros estados não afetados possam continuar exportando normalmente.
A primeira parte do programa já foi iniciada e prevê a identificação, via aparelho de GPS, e cadastramento, de todas as propriedades rurais do Estado que tenham mais de 400 exemplares de aves. Para isso, o Sindiavipar doou um aparelho de GPS e um computador para a Seab realizar o trabalho.
O superintendente do Ministério da Agricultura e Abastecimento do Paraná, Valmir Kowalewski de Souza, destacou a parceria existente entre o governo federal e o setor privado para o desenvolvimento da sanidade avícola no Estado. “Reitero meu compromisso de trabalhar ao lado da indústria avícola, porque a sanidade exige prevenção”, afirmou.