Redação AI (18/05/06)- O estado do Paraná confirmou uma redução significativaredução nos alojamentos de pintos de corte durante o primeiro quadrimestre do ano, segundo avaliou, em entrevista a Agência SAFRAS, o presidente do Sindicato e Associação dos Abatedouros e Produtores Avícolas do Paraná (Sindiavipar), Domingos Martins.
“Conseguimos uma significativa desaceleração nos alojamentos de pintos de corte, que caíram de 93 milhões em janeiro para 77 milhões de cabeças em março, uma queda da ordem de 20%, acompanhando a recomendação feita para todo o Brasil”, explica. O dirigente entende que essa redução significativa foi importante para o desempenho do setor avícola nacional nos primeiros quatro meses do ano, fazendo com que as exportações mensais ficassem acima de 160 mil toneladas.
“Houve também uma retomada dos negócios mais cedo do que o previsto. Desse modo, analisando o todo, podemos dizer que o Paraná teve um bom desempenho nos primeiros quatro meses do ano, com a expectativa de que o preço retome logo os patamares registrados em janeiro”, comenta. Atualmente, o preço do frango abatido gira entre R$ 1,75 e R$ 1,80 Fob. Martins afirma que a previsão de aumento nos alojamentos de pintos de corte do Estado neste mês, no comparativo com março, não deve trazer grandes repercussões no curto prazo. “O efeito deve ocorrer dentro de 45 dias, quando se espera um melhor desempenho para o setor”, afirma. O presidente do Sindiavipar ressalta, entretanto, que a expectativa de melhora do setor nos próximos meses ainda vai depender da linha decrescente de alojamento de matrizes.
“Deveremos ser prudentes e manter um alojamento no Brasil da ordem de 2,8 milhões de matrizes de corte por mês, para evitar que haja um grande aquecimento da produção em um momento em que não se está comercializando tanto. É preciso evitar um estancamento do mercado interno”, avalia. Martins informa que as tratativas de fechamento de negócios por empresas do Paraná junto a mercados como China e Equador estão bem adiantadas. “Há de 10 a 11 empresas aptas a negociar com estes países, o que deve acontecer já a partir da próxima semana, não envolvendo somente frangos, mas também outros produtos do Estado”, finaliza.