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Preço ao produtor sobe em São Paulo

Segundo divulgou o IEA na sexta-feira, o indicador encerrou janeiro com variação positiva de 1,27%.

Redação (09/02/2009)- O IqPR, índice de preços recebidos pelos produtores agropecuários paulistas elaborado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA) – vinculado à Secretaria da Agricultura do Estado -, iniciou 2009 em alta após registrar quedas sucessivas ao longo de praticamente todo o segundo semestre de 2008. 

Segundo divulgou o IEA na sexta-feira, o indicador encerrou janeiro com variação positiva de 1,27%. O resultado foi determinado pela alta de 1,89% observada no grupo de produtos de origem vegetal. No grupo de produtos de origem animal, houve baixa de 0,27%, sempre levando em consideração a média ponderada das oscilações. 

Entre os 13 vegetais pesquisados IEA, a maior alta foi percebida pelos produtores de feijão, que receberam 31,16% a mais em janeiro do que em dezembro. Outros ganhos expressivos foram apurados nos mercados de batata (28,06%) e milho (19,95%). De acordo com o IEA, para a valorização de milho e feijão, e também da soja, pesaram as quebras de safra na região Sul do país em virtude de danos provocados pela estiagem. 

No grupo dos produtos de origem animal, formado por seis itens, os destaques foram as retrações dos preços recebidos pelos produtores de carne suína (11,42%) e de ovos (3,71%). Sobre a carne suína, o IEA diz que a queda foi influenciada pela retração do consumo em relação ao período de festas de fim de ano. Mas alerta que "o encerramento de contratos de exportações sem que se tenham boas perspectivas de renovação também podem estar contribuindo para a redução das cotações. A expectativa pe de retração das exportações e de redirecionamento da oferta ao mercado interno". 

Apesar da alta do IqPR, na rede da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) a resultante das oscilações de preços foi negativa em janeiro. Como já informou o Valor, a queda do índice Ceagesp, baseado em uma cesta de 105 produtos vendidos no atacado, foi de 3,1% no mês. 

Conforme a estatal controlada pelo governo federal, o resultado foi puxado pela queda de 7,8% nos preços das frutas, também em razão da redução da demanda em relação a dezembro, quando o aumento médio das compras chega a 30% por causas das festas de fim de ano. 

Legumes, verduras e pescados, em contrapartida, tiveram aumento de preços – de 4,6%, 1,6% e 2,4%, respectivamente. Também subiram, 9,4%, os produtos reunidos no grupo "diversos" (cebola, batata, amendoim, coco seco e ovos). Neste, a principal influência veio do salto da batata (30%).