A soja continua enfrentando dificuldades para se recuperar dos preços baixos registrados recentemente na bolsa de Chicago. Com uma oferta abundante, os contratos da oleaginosa para julho fecharam em queda de 1,86% nesta segunda-feira (17/6), atingindo US$ 11,5775 por bushel.
“Não há como a soja subir no momento, pois não existe nenhum fator de alta. Mesmo que as exportações favoreçam os Estados Unidos no segundo semestre, a alta do dólar está incentivando as vendas do grão brasileiro”, afirma Luiz Pacheco, analista da TF Consultoria Agroeconômica.
Segundo Pacheco, embora a produção de soja do Brasil em 2023/24 tenha ficado abaixo das expectativas, a colheita na Argentina compensou as perdas brasileiras.
“Somando a produção do Brasil e da Argentina, temos um total de 200 milhões de toneladas, 20 milhões a mais que na safra passada [2022/23]. A América do Sul está produzindo bem, e o dólar valorizado tende a pressionar as cotações em Chicago para baixo”, observa o analista.
Com esses fatores em mente, Pacheco acredita que a commodity “não voltará para os US$ 12 por bushel na bolsa, a menos que ocorra um problema de seca nos EUA”. No entanto, no momento, as condições climáticas são favoráveis para a finalização do plantio no país.