Se os animais estão comendo bem, a produção é garantida. O problema é que o farelo de milho está custando bem mais, o que aumentou os custos de quem tem que alimentar a criação.
Helena Aparecida Batistela cria frangos em Tatuí (SP) e disse para o Nosso Campo que está pagando pelo farelo cerca de 75% a mais do que desembolsava em janeiro. Isso já refletiu no número de aves. A granja, que já teve 1,2 mil frangos, agora conta com 150. A produtora torce para que a cotação do milho recue para que possa se manter no mercado.
No sítio de Agnaldo Fabiano de Almeida, em Itapetininga (SP), a situação é parecida. Ele tem 14 vacas em lactação, que produzem 270 litros de leite por dia. Ele até pretendia aumentar o rebanho, mas resolveu colocar o pé no freio.
O quilo da ração passou de R$ 0,80 em fevereiro para mais de R$ 1,00. Somando tudo, o resultado foi um acréscimo de 32% no custo de produção.
A indústria também sente o impacto da alta do milho. Em, Itapetininga, uma fábrica que atua na produção de farelo teve que reduzir a produção. No ano passado, a produção era de 400 toneladas de ração por mês. Atualmente, são 200 toneladas. Tudo por causa da falta de milho. A saca, que era comercializada a R$ 30 em novembro, chegou a ser comercializada a mais de R$ 50.