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Frango

Preço do frango cai nos supermercados

Depois de forte alta nos preços durante o ano passado, o frango voltou a ser uma opção mais saudável ao bolso dos consumidores.

Preço do frango cai nos supermercados

Depois de forte alta nos preços durante o ano passado, o frango voltou a ser uma opção mais saudável ao bolso dos consumidores que frequentam os supermercados do Grande ABC. Isso porque apenas entre janeiro e maio o quilo da proteína animal recuou 14,31%, passando de R$ 4,40 para R$ 3,77.

No mesmo período de 2010, o alimento acumulava alta de 4,05% nos preços. Entre janeiro e dezembro saltou de R$ 2,96 para R$ 4,31, variação de 45,6%, mostram os dados da Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André.

A elevação nos valores da carne bovina a partir no segundo semestre do ano passado fez crescer o consumo da carne de frango. Para dar conta da demanda o setor aumentou a produção, e agora os estoques do produto estão altos no País, culminando na oferta em excesso.

O diretor de economia da Apas (Associação Paulista de Supermercados), Martinho Paiva Moreira, destaca que apenas nos últimos 45 dias, os preços caíram 21,10% nos estabelecimentos. “A queda nos valores dos cortes bovinos, decorrente da maior oferta no mercado, também refletiu em outras proteínas, como o frango.”

A tendência é que os preços sigam apetitosos até o fim do mês, com o frango ficando ainda mais atrativo ao consumidor. Os estoques nos frigoríficos estão altos, por isso os abatimentos têm que ser diário.

Moreira acrescenta que no fim de junho a situação muda um pouco, pois é período de entressafra da carne bovina, diminuindo a quantidade de produto colocada à venda. Logo, os preços subirão um pouco, como sempre acontece.

COMPARAÇÃO – Mesmo com os valores em queda, o quilo do frango pesquisado pela Craisa na semana passada continua mais caro do que em igual período de 2010. O morador desembolsa R$ 3,77 em média frente a R$ 3,08 pagos pelo item anteriormente.

Cálculos da companhia de abastecimento andreense apontam que uma família com quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças consome aproximadamente quatro quilos de frango por mês. Considerando o valor do último levantamento, em maio foram gastos R$ 15,80, enquanto em 2010 o valor foi de R$ 12,40.

No Estado, a média atual cobrada pela proteína chega a R$ 2,99 ante os R$ 3,79 anteriores. Vale ressaltar que a diferença entre os preços do frango praticados nas redes supermercadistas no Grande ABC e nas demais cidades paulistas alcança a casa dos 26,08%.

No Estado, alimentos sobem menos que inflação

Considerando o primeiro quadrimestre do ano, o Índice de Preços dos Supermercados verificado pela Associação Paulista de Supermercados registrou alta de 0,51%. Mesmo assim, o reajuste nos valores praticado pelos estabelecimentos paulistas variou abaixo da inflação medida pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, que acumula alta de 2,82%.

No período, os preços nos supermercados subiram 0,51%, sendo que os itens alimentares tiveram queda de 0,46%. Ficaram mais caros produtos de limpeza (2,74%), higiene e beleza (1,90) e bebidas (4,59%).

NO MÊS – Em abril, o índice registrou alta de 0,95%, após baixa taxa de 0,16% de março, porém bem abaixo da taxa de 1,58% de abril de 2010. As quedas mais expressivas no mês foram do chuchu (36,28%), da mexerica (19,09%), do tomate (15,26%) e da laranja (13,35%).

Na contramão, os maiores reajustes foram verificados na berinjela (44,31%), no quiabo (41,12%), na batata (25,79%) e na uva (23,80%). A cebola, que assim como a batata está fora do período de safra, também teve alta de 17,89%.

ESTRATÉGIA – Para mostrar o peso da inflação nos preços dos produtos, o Carrefour iniciou ação que comercializará dezenas de itens com o mesmo preço de um ano atrás. Foi resgatada lista de produtos e valores anunciados no mesmo período de 2010, que será divulgada na campanha sem nenhuma alteração.

Itens básicos como pão, biscoito, açúcar, extrato de tomate, creme de leite, papel higiênico, sabão em pó e detergente têm preços mais em conta.

Carne de 2ª fica 13,22% mais salgada nos supermercados

Enquanto os cortes de carne de 1ª (coxão mole) tiveram redução de 6,67% nos preços entre janeiro e maio, os cortes de 2ª (acém), por sua vez, ficaram 13,22% mais caros no mesmo período, segundo pesquisas realizadas pela Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André.

No início do ano, o quilo do coxão mole era vendido por R$ 16,62, sendo que na semana passada era comercializado por R$ 15,51. Entretanto, o valor médio verificado em fevereiro foi o menor do ano, R$ 15,35.

Dados da Craisa mostram que o acém custava R$ 10,28 em janeiro, mas 14 apurações de preços depois alcançou marca de R$ 11,64, ficando até mais cara que no mesmo período de 2010, quando os consumidores encontravam o quilo do produto por R$ 8,89