Os criadores que trabalham no sistema de integração no estado de São Paulo estão otimistas com o rumo do negócio. Eles não são como os independentes que assumem todo o risco da atividade, na integração, o criador recebe do frigorífico os pintinhos, a ração e os medicamentos. A responsabilidade é de construir e administrar os galpões e os gastos com água, energia elétrica e mão-de-obra.
Benedito Almeida cria 26 mil frangos na granja que possui no município de Itapetininga, sudoeste de São Paulo. Ele conta que no inverno tem um pouco mais de gasto com a lenha para aquecer os pintinhos. De um ano para cá, o metro cúbico da lenha subiu de R$ 40 para R$ 55. E não se pode descuidar porque se esfriar muito, os pintinhos acabam morrendo.
Mesmo com o gasto a mais, Benedito diz que o negócio está valendo a pena. No último lote negociado com 25.700 frangos, ele recebeu por cabeça R$ 0,44. Em agosto do ano passado, o valor pago era R$ 0,30.
Diante da melhora, o criador já faz planos para ampliar o negócio. Ele quer dobrar o número de aves alojadas construindo mais um galpão.
Pedro Grotto é avicultor há seis anos e também está animado com a reação do preço do frango nos últimos meses. No último lote com 60 mil aves, ele recebeu por cabeça R$ 0,38, enquanto no mesmo período do ano passado, o frango valia R$ 0,30. Agora, Pedro pretende construir um novo barracão para dobrar o número de aves na granja. “Trabalhar com ave significa ter volume, quanto maior o volume, maior o lucro”.