Os efeitos da segunda quinzena se fizeram presentes ao mercado brasileiro de carne suína nesta semana, apesar do registro de valorização nos preços em algumas praças de comercialização, segundo a avaliação do analista de SAFRAS & Mercado, Allan Hedler.
Ele destaca que o quilo do suíno vivo teve valorização de cinco centavos na média diária na região Centro-Sul ao longo da semana, passando de R$ 3,38 para R$ 3,43. “Essas altas ocorreram entre a última sexta-feira (11) e o início desta semana (14). Nos demais dias percebemos uma maior acomodação nos negócios, por conta da tradicional demanda mais retraída a partir da segunda metade do mês,” explica.
No atacado, os frigoríficos também já não conseguiram repetir volumes de vendas similares aos observados nas primeiras semanas de julho. “Essa condição impossibilitou um aumento no valor médio do pernil no Centro-Sul, que permaneceu cotado a R$ 6,59. Na carcaça até houve uma elevação no preço médio, que passou de R$ 5,17 para R$ 5,27”, informa.
Em junho, as exportações brasileiras de carne suína aumentaram 8,21% em volume (43,960 mil toneladas) e 69,81% em valor (US$ 167,25 milhões) em relação ao mesmo mês de 2013.
Para Hedler, não houve grandes surpresas nos números, que ficaram em linha com a expectativa do mercado, confirmando um menor desempenho em relação ao mesmo período do ano passado. “A exceção mesmo foi observada em abril, com um resultado muito bom, e agora em junho”, comenta.
A ABPA indicou uma produção de 1,394 milhão de toneladas no primeiro semestre, volume 0,57% menor ao do mesmo período do ano passado. do ano passado. Deste total, 1,159 milhão de toneladas foram destinadas ao mercado interno, volume 0,24% inferior ao total registrado nos seis primeiros meses de 2013.
A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que em São Paulo a arroba suína foi cotada a R$ 75,50, mesmo valor da semana passada. No interior do Rio Grande do Sul a cotação subiu de R$ 3,61 para R$ 3,64, enquanto na integração permaneceu em R$ 2,92. No interior de Santa Catarina a cotação subiu de R$ 3,50 para R$ 3,60, não apresentando mudanças na integração, onde o preço seguiu em R$ 2,95. No Paraná, no mercado livre, a cotação evoluiu de R$ 3,34 para R$ 3,51 e, na integração, de R$ 3,24 para R$ 3,34.
No Mato Grosso do Sul a cotação seguiu em R$ 3,10 na integração e a R$ 3,60 em Campo Grande. Em Goiânia não houve mudanças no preço, que continuou em R$ 3,90. No interior de Minas Gerais e no mercado independente os preços também não sinalizaram mudanças, permanecendo, respectivamente, em R$ 3,90 e R$ 3,50. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo recuou dois centavos e chegou a R$ 2,83 em Rondonópolis, enquanto na integração do estado a cotação subiu de R$ 2,83 para R$ 2,98.