Depois de um período de valorização, analistas acreditam que o mercado esteja se reequilibrando nos primeiros dias de negócio do ano. Commodities como soja e milho tiveram fortes altas nas cotações no segundo semestre de 2010. Isto ocorreu parte pela queda do dólar e parte por problemas climáticos, como a quebra na produção de trigo na Rússia. Porém, a tendência é de que os preços se acomodem pelo menos no primeiro semestre deste ano.
Segundo o analista de mercado Fernando Pimentel, primeiro é preciso esperar a safra norte-americana para depois traçar o rumo dos preços do milho. O mercado em 2010 foi marcado por uma alta demanda pelo grão, o que influenciou os preços. Só no segundo semestre, a saca de 60 quilos na BM&FBovespa teve uma valorização de quase 50%. A perspectiva é de acomodação do mercado.
Já o consultor de mercado Marcelo Bartholomeu acredita que em 2011 os preços do milho vão ficar abaixo da média. Para ele, os valores praticados atualmente pelo mercado estão somente 4% acima dos negociados nos últimos cinco anos aqui, em torno de R$ 22 a saca.
Na soja, a expectativa de Pimentel é de que a demanda da China e os volume de estoques, principalmente nos Estados Unidos, mantenham maior influência sobre o mercado, pelo menos nesta primeira metade do ano.
Bartholomeu avalia que a demanda continua aquecida. Sendo assim, o cenário nos Estados Unidos e na Argentina merecem a atenção do produtor brasileiro neste momento.