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Economia

Preços da carne de frango caem 5,5% no PR, mas Copa deve fomentar o setor

Setor avícola tem grandes expectativas de comercialização durante a Copa do Mundo.

Baked chicken in tomato sauce with green beans on the side
Baked chicken in tomato sauce with green beans on the side

O setor avícola, como todo o mercado brasileiro de carnes, está com grandes expectativas em relação ao consumo de seus produtos durante a Copa do Mundo, que começa na próxima semana no País. Porém, neste início de junho os valores decomercialização da carne de frango ainda não têm atendido as expectativas dos avicultores brasileiros, inclusive os paranaenses.

No anseio de vendas maiores com o campeonato mundial de futebol, frigoríficos estavam formando estoques do produto. No entanto, o consumo ainda não atingiu os níveis esperados, atrapalhando o escoamento decarne. A chegada do evento internacional pode, inclusive, prejudicar ainda mais a dinâmica de comercialização, visto que o feriado em algumas cidades nos dias de jogos diminui o tempo de negociação do produto.

De acordo com levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os cortes resfriados são os mais afetados, por serem mais perecíveis. Nos primeiros dias de junho, o frango inteiro resfriado chegou a ser cotado a R$ 3,04/kg no atacado da Grande São Paulo, o menor patamar, em termos nominais, em três meses e uma desvalorização de 6,5% em relação ao valor médio praticado no início de maio. Para o congelado, a cotação do dia 2 de junho, de R$ 2,98/kg, foi a mais baixa desde de julho de 2013, de R$ 2,92/kg. O valor corresponde a uma forte queda de 9% na comparação com o dia 2 de maio de 2014.

Os números do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura do Paraná (Seab) também mostram uma queda de preços no Estado. Em março, o quilo do frango vivo era comercializado a R$ 2,34, enquanto a média de maio foi de R$ 2,21, queda de 5,5%. Ontem, o valor de venda foi de R$ 2,29.

O técnico do Deral especialista no setor avícola, Roberto Andrade Silva, relata que a produção paranaense de frango vai crescendo naturalmente este ano, sendo normal que os preços caiam, principalmente neste momento que antecede a Copa do Mundo. “Eu imagino que seja uma questão de momento. Temos no mercado paranaense mais de 30 empresas produzindo, cada uma estipulando um cenário particular de produção e comercialização. O volume de produto é muito grande no mercado neste momento”, avalia ele.

Silva explica que para atingir uma alta produção, cada empresa teve que fazer um cálculo que teve início há pelo menos dois meses, já que do alojamento dos pintainhos até o abate é necessário em torno de 45 dias. “Agora, só basta o setor esperar para saber como será o consumo durante a Copa, inclusive porque as pessoas se comportam diferente quando há uma mudança de rotina, como em feriados. Além disso, há outras opções, como a carnebovina e a suína, que também estão em bom momento”, complementa o técnico do Deral.

De acordo com números do Sindicato das Indústrias dos Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), a expectativa é de um crescimento de produção entre 3% e 4% em 2014, devendo atingir 1,51 bilhão de cabeças abatidas. Os números das exportações também são favoráveis: no primeiro quadrimestre foram exportados 393 mil toneladas, contra 344 mil toneladas do mesmo período do ano passado, uma alta de 14%.