Os preços domésticos da soja caíram com força nos últimos dias, voltando aos patamares observados em abril – os menores desde julho/10, em termos reais. Depois da recuperação em parte do mês de maio, as cotações voltaram a ser pressionadas pela maior oferta no Brasil e na Argentina e por condições climáticas favoráveis ao cultivo da oleaginosa nos Estados Unidos, conforme pesquisadores do Cepea. A demanda enfraquecida também pressionou os valores internos do grão. Na sexta-feira, 2, o Indicador da soja ESALQ/BM&FBovespa Paranaguá fechou a R$ 67,37/sc de 60 kg, baixa de 2,2% em sete dias. O Indicador CEPEA/ESALQ Paraná também caiu 2,2% na mesma comparação, fechando a R$ 62,19/sc de 60 kg no dia 2. Em maio, entretanto, as médias mensais de ambos os Indicadores da soja subiram 4,7% em relação a abril.
Milho
A proximidade da intensificação da colheita da segunda safra, intervenções governamentais e o dólar mais forte que o Real voltaram a aquecer as negociações de milho para exportação nos portos brasileiros. Além disso, segundo pesquisadores do Cepea, a demanda doméstica está enfraquecida, e parte expressiva dos armazéns ainda está comprometida com a soja. Em maio, os embarques do cereal brasileiro somaram 310 mil toneladas, alta de 63,9% em relação a abril, segundo a Secex. Quanto aos preços no mercado brasileiro, estão em queda devido à a maior oferta do cereal. Em Campinas (SP), a pressão compradora continua e vendedores têm comportamento mais flexível, favorecendo a realização de negócios. Nesse cenário, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa caiu 2,8% entre 26 de maio e 2 de junho, fechando a R$ 26,48/saca de 60 quilos na sexta-feira, 2.