A recente alta dos preços dos alimentos deve cessar em 2011 e não representa risco aos mais pobres no curto prazo, embora esse cenário possa mudar se os preços de energia subirem ou se colheitas fracas prejudicarem o abastecimento, afirmou o Banco Mundial em seu relatório econômico anual, divulgado nesta quarta, dia 12. O banco afirmou que os preços dos alimentos tiveram forte alta em dólar no segundo semestre de 2010, mas que não foi transmitida aos mais pobres. Isso porque, em moeda local, os preços subiram apenas modestamente ou, em alguns casos, até caíram.
No total, os preços globais dos alimentos terminaram o ano 7% abaixo do pico de junho de 2008, enquanto em moeda local eles ficaram 30% abaixo daquele patamar, de acordo com o banco.
“O preço real, pelo câmbio doméstico na fronteira, das commodities negociadas internacionalmente nos países em desenvolvimento subiram muito menos do que o preço normalmente cotado em dólar”, disse.
O banco considerou produtividade crescente em sua previsão de que as cotações cairão 8% em 2011 e 3,7% em 2012. As commodities agrícolas tiveram forte elevação de preço no ano passado, em grande parte por interrupções na oferta. Embora o banco estime queda dos valores, avalia que uma alta dos preços de energia pode impulsionar as agrícolas, como ocorreu em 2008.
O Banco Mundial afirmou esperar que os preços da maioria das commodities subirá modestamente nos próximos anos, após uma ampla elevação em 2010. A instituição prevê que o preço do petróleo fique em média a US$ 85 o barril em 2011, recuando para US$ 80,40 em 2012. Os preços do petróleo subiram cerca de 29% em 2010, ficando em média a US$ 79,04 o barril, segundo o banco.
A demanda maior por petróleo, especialmente nos países em desenvolvimento, alimentará cotações mais altas, mas o excesso de capacidade produtiva nos países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e novos suprimentos de outros países devem manter os preços em ordem. No entanto, muitos analistas esperam que o petróleo alcance US$ 100 em 2011 e que continue subindo nos próximos anos. As informações são da Dow Jones.