As contínuas quedas nos valores do suíno vivo e as fortes altas nos preços do milho e do farelo de soja têm reduzido o poder de compra de suinocultores paulistas e catarinenses em até 40%, comparando-se a parcial de janeiro com igual intervalo do ano passado.
Para os próximos dias, agentes consultados pelo Cepea acreditam na continuidade das quedas dos preços do vivo – o produto está nos menores patamares reais desde 2012. A desvalorização do suíno vivo segue atrelada à demanda interna retraída (instabilidade econômica e gastos típicos de início de ano) e, nos últimos dias, também ao aumento da oferta.
Diante dos altos valores dos insumos, alguns suinocultores já consideram inviável manter a produção e, para não acumular prejuízos, têm elevado expressivamente o volume ofertado de animais, muitos deles com peso abaixo do ideal para abate.
Os níveis atuais de preços do milho, por sua vez, refletem as exportações crescentes (dólar valorizado), que indicam estoques finais menores que os da temporada passada, além do que há expectativa de menor colheita neste ano. Para o farelo, a baixa disponibilidade neste período em que a colheita da soja está apenas começando e o câmbio favorável aos exportadores seguem sustentando os preços domésticos.