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Economia

Preços mundiais de alimentos ficam estáveis, diz a FAO

Índice global ficou em 213 pontos em agosto, segundo a agência das Nações Unidas.

Preços mundiais de alimentos ficam estáveis, diz a FAO

O índice global de preços de alimentos da FAO, a agência das Nações Unidas para agricultura e alimentação, ficou estável em agosto, como o Valor antecipou ontem.

O índice – que mede a evolução mensal dos preços mundiais de uma cesta de produtos de base, como cereais, ileaginosos, lácteos, carnes e açúcar – tinha subido 6% em julho após três meses de recuo, e deflagrado mais temores de crise de preços mundial.

Mas hoje cedo, em Roma, o diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, tomou a iniciativa de anunciar pessoalmente o resultado de agosto, com o índice ficando no mesmo nível de 213 pontos, sem alteração em relação ao mês anterior.

“Essas cifras são tranquilizadoras. Devemos continuar vigilantes, mas não se justifica falar de crise alimentar mundial”, afirmou Graziano. “Mas a comunidade internacional pode e deveria intervir para apaziguar o mercado”.

Para a FAO, os países importadores não devem entrar em pânico e acelerar compras, que na verdade impulsionam os preços. E os exportadores não devem impor restrições nas suas vendas, como aconteceu na crise de 2008.

O índice de agosto não mostrou mudança nas cotações de cereais e de oleaginosos. E uma forte baixa do preço do açúcar foi contrabalançada por alta no custo da carne e de produtos lácteos.

As últimas estimativas mostram também uma aproximação entre oferta e demanda de cereais na campanha de comercialização 2012/13. Conforme a FAO, a produção mundial de cereais não será suficiente para cobrir a utilização prevista no período, e haverá maior uso dos estoques.

A produção mundial de cereais é estimada em 2,295 milhões de toneladas, ou 52 milhões de toneladas a menos do que o recorde de 2011. Isso reflete em parte a degradação da produção de milho nos EUA por causa da estiagem generalizada no país.

O uso mundial de cereais em 2012/13 é estimado em 2,317 milhões de toneladas, em leve baixa em relação a campanha precedente, de 2%. Segundo a FAO, os preços elevados freiam a demanda, incluindo para a produção de etanol a partir do mundo.