O prejuízo pode ser grande, como explica o presidente da União Brasileira de Avicultura, Francisco Turra. “As entidades e empresas estão angustiadas, é uma situação complicada especialmente para a suinocultura brasileira porque 45% das exportações eram para a Rússia. Nós da carne de frango exportamos 4%, mas o número também é significativo, nem tanto pela perda, mas pela imagem. Houve uma informação generalizada de que havia problema com sanidade”.
O ministro da Agricultura anunciou que vai cumprir todas as exigências feitas pelo governo russo no que se refere às questões de defesa sanitária, mas o governo brasileiro quer um prazo maior para evitar a suspensão das exportações de carne brasileira, prevista para começar no próximo dia 15.
Wagner Rossi acha importante aguardar o resultado das auditorias feitas pelo governo brasileiro nas unidades indicadas pelos russos e não descartou a possibilidade de haver outras motivações para o embargo. A Rússia quer o apoio do Brasil para ingressar na Organização Mundial do Comércio. “É muito comum que o mercado internacional, que alega questões sanitárias, tenham um objetivo comercial. De qualquer maneira, nós temos que fazer com que todos os requisitos sejam cumpridos, por todas as empresas que comercializem com os russos”, disse Rossi.
O Ministério da Agricultura vai enviar uma nova missão à Rússia dentro de duas semanas.