O primeiro contêiner carregado de carne suína procedente de Santa Catarina chegou ao Japão nesta quinta-feira, segundo o adido agrícola do Brasil na Embaixada de Tóquio, Barone de Araújo Nojosa. O produto estará disponível na próxima semana nos supermercados e restaurantes japoneses.
“É um momento histórico para Santa Catarina. A primeira remessa abre de fato o importante mercado japonês para a carne suína catarinense”, comemora o secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, João Rodrigues.
A carga da Seara, com 21 toneladas de carne suína in natura, saiu do Porto de Navegantes no dia 13 de julho. Oito frigoríficos de cinco empresas foram habilitados a exportar carne suína ao mercado japonês. A BRF (com as unidades de Campos Novos e de Herval D’Oeste), Seara (unidades de Seara e de Itapiranga), Pamplona (Rio do Sul e de Presidente Getúlio), da Aurora (Chapecó) e da Sul Valle (São Miguel do Oeste).
A BRF e a Aurora também enviaram suas cargas e outros frigoríficos preparam para embarcar seus produtos.
O secretário destaca que Santa Catarina é o maior produtor nacional de carne suína, respondendo por um quarto do total produzido no país. Da média de 800 mil toneladas produzidas por ano no Estado, o mercado internacional consome cerca de 200 mil toneladas.
O Japão é o maior importador de carne suína do mundo, comprando o equivalente a 1,2 milhão de toneladas por ano. A expectativa do Governo do Estado é de que, em uma primeira etapa, Santa Catarina responda por 10% desse mercado, ou seja, cerca de 120 mil toneladas. O montante representaria um ganho da ordem de 60% nos embarques de carne suína catarinense para o exterior.
A entrada da carne suína catarinense foi autorizada pelo governo japonês em maio de 2013. Antes dos embarques comerciais, a BRF já havia enviado, por avião, um lote de cortesia que foi servido em jantar para a comitiva catarinense na Embaixada do Brasil no Japão, em junho deste ano.
O Brasil terá que disputar o fornecimento para o mercado japonês, hoje abastecido por Estados Unidos, Canadá, Dinamarca, México e Chile. Essa competição será definida pelos aspectos técnicos de atendimento aos padrões exigidos, o cumprimento de prazos e demais condições estabelecidas nas negociações.