A produção de carne suína no Rio Grande do Sul apresentou um aumento de 7,22% durante o primeiro semestre de 2024, de acordo com dados divulgados pela Embrapa Suínos e Aves. Embora tenha ocorrido uma leve queda em junho, o crescimento geral é visto como positivo para o setor.
Em entrevista à Rádio Uirapuru, Valdecir Follador, presidente da Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURS), comentou que essa variação é esperada, devido à flutuação dos preços de insumos como farelo de soja e milho. Ele ressaltou que os suinocultores já preveem essas oscilações e estão preparados para lidar com elas, sem grandes impactos para a produção.
No que diz respeito à exportação, Follador destacou o momento favorável que a suinocultura brasileira está vivenciando, com sucessivos recordes nos últimos meses. Em julho e agosto, o Brasil exportou 138 mil toneladas de carne suína, número inédito, superando a média anterior de 90 mil toneladas.
O Rio Grande do Sul, terceiro maior produtor de suínos do Brasil e segundo maior exportador, tem se beneficiado desse cenário de expansão no mercado internacional. As expectativas de crescimento permanecem positivas para os próximos meses.
Quanto aos preços ao consumidor, Follador afirmou que os custos de produção não deverão impactar diretamente os valores, já que a oferta e demanda estão equilibradas. Os reajustes já realizados nos preços da carne suína devem garantir estabilidade nos valores nos próximos meses.