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Projeções

Produção de carnes e grãos em alta

Estudo do Mapa aponta que soja, carne de frango, açúcar, etanol, algodão, óleo de soja e celulose serão os produtos com maior potencial de crescimento nos próximos onze anos.

Estudo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) aponta que soja, carne de frango, açúcar, etanol, algodão, óleo de soja e celulose serão os produtos com maior potencial de crescimento nos próximos onze anos. A pesquisa realizada pela Assessoria de Gestão Estratégica (AGE) indica cenários de produção, participação no mercado mundial, exportação e consumo de 23 produtos da pauta agropecuária do País.

A safra de grãos soja, milho, trigo, arroz e feijão – deverá crescer 36,7%, passando de 129,8 milhões de toneladas em 2008/2009 para 177,5 milhões em 2019/2020. As carnes bovina, suína e de aves deverão seguir percentual parecido, com aumento de produção estimado em 37,8%, incremento de 8,4 milhões de toneladas. Três outros itens com elevado crescimento previsto são açúcar (mais 15,2 milhões de toneladas), etanol (35,2 bilhões de litros) e leite (7,4 bilhões de litros).

O óleo de soja e a celulose merecem atenção, na opinião do coordenador-geral de Planejamento Estratégico do Mapa, José Garcia Gasques. “O óleo de soja segue tendência mundial, pois a demanda tem crescido nos mercados interno e externo, inclusive, para a utilização como biocombustível. No caso da celulose, o crescimento será expressivo, pela substituição de florestas nativas por plantadas”, afirma.

Tendências – De acordo com a pesquisa, o crescimento agrícola no Brasil deve ocorrer com base na produtividade. Os resultados revelam maior acréscimo da produção agropecuária que de área plantada. As projeções indicam que, de 2010 a 2020, a taxa anual média de crescimento das lavouras deve ser de 2,67%, com incremento de 0,45% na área.

As estimativas para o período 2019/2020 apontam que a área total de lavouras deve passar de 60 milhões de hectares em 2010, para 69,7 milhões em 2020, incremento de 9,6 milhões de hectares. Essa expansão concentra-se na soja (mais 4,7 milhões de hectares) e cana-de-açúcar (mais 4,3 milhões). O milho deve ocupar mais um milhão de hectares e as demais lavouras analisadas mantêm-se praticamente sem alteração ou até perdem área, como as culturas de café, arroz e laranja.

Apesar da tendência de aumento das exportações, nos próximos anos, o mercado interno será um forte fator de crescimento. Do aumento previsto para a soja e o milho, 52% e 80%, respectivamente, serão dirigidos ao mercado interno.