A produção de galinhas caipiras no interior do Paraná tem sido uma importante ferramenta de trabalho para famílias em situação de vulnerabilidade através do Programa Renda Agricultor Familiar. A ação da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social do Paraná, em parceria com a Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), tem oportunizado investimentos no setor avícola e de hortaliças para famílias rurais na região de União da Vitória. Já são 102 famílias assistidas de seis municípios: Antonio Olinto; Bituruna, cruz Machado, General carneiro, Paula Freitas e Porto Vitória.
Até 2019, serão assistidas pelos técnicos do Instituto 230 famílias, informou a Emater. A ação apoia as famílias com recursos para a realização de ações de saneamento básico, abastecimento de água potável, produção de alimentos para auto consumo, com apoio para o desenvolvimento de processos produtivos, visando à geração de renda, seja com a produção de frangos, ovos, hortaliças, frutas.
O município de Antonio Olinto tem se destacado no programa e obtido grande êxito na promoção da cidadania, como é o exemplo alcançado com a família da Zaide Aparecida Maciel Kozelinski, da comunidade Cerro Lindo. Além de executar os trabalhos domésticos e dar atenção aos seus dois filhos, a agricultora cuida da pequena propriedade de 2,4 hectares, onde produz alimentos para subsistência e venda de alguns produtos. Seu marido, além de trabalhar na propriedade, presta serviços temporários fora, para complementar a renda familiar.
Ao saber da procura por aves nas comunidades rurais, o casal colocou nos planos da família a aposta na criação de galinhas para comercialização. Através do programa a família recebeu a assistência do técnico Regines Gassner, que ajudou a elaborar o planejamento de uma unidade produtiva de 15 metros quadrados para a criação de 100 aves, com o benefício de R$ 3 mil, divididos em três parcelas. Técnico e família analisaram a viabilidade do empreendimento e o investimento para a construção do galinheiro e o incremento da horta da família, foram feitos.
Atualmente, os frangos se encontram na fase final do segundo lote criado. As aves, da primeira safra, foram facilmente comercializadas na própria comunidade, para uma festa de igreja. Além de incrementar a renda da família, a produção também melhorou a dieta alimentar de todos, com o consumo semanal de carne de frango. “Este recurso veio em boa hora, e com a venda das galinhas sobra um dinheirinho a mais para poder investir na casa e na nossa família” comenta Zaide.