A produção de frangos e ovos caiu no agreste de Pernambuco. A região abriga o maior polo de avicultura do estado, mas os criadores sofrem com a seca e o aumento nos custos.
A Associação Avícola de Pernambuco estima uma queda de 30% desde o ano passado, dificuldades que surgiram principalmente por causa da seca.
Produtores como Fernando Vilela, que trabalha apenas com galinhas poedeiras, precisam enfrentar dois problemas: o da falta de água para o consumo das aves e a alta no preço do milho em decorrência da estiagem.
No município de São Bento do Una, PE, que responde por 60% da produção do estado, a água das represas e açudes não chega mais às granjas. Com isso, já virou uma cena comum ver os caminhões-pipa, que percorrem mais de 40 km de distância para buscar água, chegando nas porteiras.
Por causa disso, há dois anos ele não aumenta o plantel. Pelo contrário, reduziu. Antes, recebia 5 mil aves a cada 60 dias. Hoje recebe essa mesma quantidade a cada 90 dias.
No agreste de Pernambuco não são só os avicultores que trabalham com ovos que estão passando por dificuldades. Os que trabalham com o frango de corte também estão passando por uma fase bem difícil. O avicultor Francisco de Oliveira entregava 60 mil aves por semana, mas hoje o número caiu para 43 mil.
De acordo com a Associação Avícola de Pernambuco, a redução na produção de frangos e ovos atinge também outras regiões do estado.