Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Produtor do RS busca minimizar prejuízo com câmbio

<p>Os produtores gaúchos estão se mobilizando na busca de soluções que minimizem os prejuízos que a queda do dólar pode trazer durante a comercialização da safra de grãos 2006/07, principalmente da soja</p>

Redação (28/05/07) – As reuniões começam nesta terça-feira (29-05), quando lideranças do agronegócio do Estado estarão reunidas, em Brasília, com parlamentares de todos os partidos. O encontro será uma espécie de preparação para reunião na semana seguinte, que alinhará estratégias contra as oscilações no câmbio.

Conforme o presidente da Farsul, Carlos Sperotto, não existe uma proposta de mecanismo, mas o setor quer uma ferramenta que reverta os prejuízos, inclusive das vendas já realizadas. "A tendência é de baixa e de manutenção do dólar a preço aviltado. Oxalá que não tenha uma queda maior", disse. A expectativa do dirigente é que o governo traga algum "elemento compensatório". O pedido já foi entregue ao ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes na semana passada. Também foi exposta a preocupação que a cotação do dólar possa alterar o preço da soja no mercado interno. Para Sperotto, existe uma relação direta entre o preço da soja e o dólar. "Esperamos uma medida não só para os exportadores", acrescentou.

O presidente da Fecoagro, Rui Polidoro Pinto, acredita que o maior risco é a economia parar. "O produtor não vai ter como saldar as suas dívidas. O preço em dólar é muito bom, mas a cotação é muito baixa." Conforme o dirigente, se a moeda americana se mantivesse em R$ 2,20, a saca de soja valeria R$ 35,00. Se ficar em R$ 1,95, a saca será comercializada a R$ 31,00, o que significa 11% menos na receita. "Queremos reverter isso rapidamente ou entraremos em uma fase em que não poderemos pagar nossas contas." Para um grande número de produtores, esta safra teria que pagar as últimas três. "É um quadro muito perigoso, não só para o agricultor", disse.

Polidoro também aguarda medidas por parte da União. "Uma colheitadeira que, em 2004, custou R$ 400 mil, agora, custa R$ 800 mil, pois os juros são de 11%. É inviável. Esperamos a intervenção do governo", ressaltou. A dívida do setor está calculada em R$ 60 bilhões em todo o Brasil e em R$ 9 bilhões no Rio Grande do Sul. Cerca de 35% da safra gaúcha de soja foi negociada.

Redação
Fonte: