A região de Bastos, no Centro-Oeste de São Paulo, é a maior produtora de ovos do Brasil. São em média mais de 20 mil unidades por dia.
Renato Netto é gerente de uma indústria que tem capacidade para processar 5 milhões de ovos diariamente. Uma das unidades da empresa é focada na exportação.
A indústria produz ovo líquido e em pó. Depois de um teste de qualidade, os ovos vão para uma máquina que tira a casca e separa a clara da gema.
O ovo líquido é resfriado a 3° C, pasteurizado e embalado. Já o em pó é aquecido a 220°, mantendo todos os nutrientes, segundo o fornecedor.
O principal cliente do ovo processado é a indústria alimentícia, principalmente a de panificação. A validade do ovo chega a 120 dias, enquanto o comum não dura um mês. A indústria já exporta para três países: Arábia Saudita, Emirados Árabes e Guiné Equatorial. Agora, também se prepara para abastecer a África do Sul.
O Brasil virou um grande exportador de ovos por ser considerado livre de doenças como a gripe aviária. No último ano, foram exportadas 10.411 toneladas de ovos, o que rendeu um faturamento de mais de R$ 14 milhões.
Ao todo, 17 países compram ovos do Brasil, incluindo Japão e Estados Unidos. O estado de São Paulo é responsável por 23,61% das exportações do país.
O avicultor Cristian Maki está adaptando a granja e aumentando o número de aves para se tornar exportador de ovos vermelhos, os preferidos no exterior.