Redação AI (17/07/07) – Segundo a Associação Brasileira dos Exportadores de Frango (Abef), os embarques alcançaram 1,543 milhão de toneladas, 24,4% mais que no primeiro semestre de 2006. A receita com as vendas foi de US$ 2,145 bilhão, aumento de 47% sobre janeiro a junho de 2006.
Com o resultado, disse Christian Lohbauer, presidente interino da Abef, as vendas do ano devem superar as de 2005, quando alcançaram 2,845 milhões de toneladas e receita de US$ 3,508 bilhões. "Não é irresponsável dizer que já bateram 2005", afirmou, acrescentando que o desempenho do semestre surpreendeu. Ele chamou também a atenção para o preço médio do frango na exportação, o maior em 10 anos. Em junho passado, quando as vendas somaram 259,3 mil toneladas, com receita de US$ 392,3 milhões, o preço médio foi de US$ 1.513 por tonelada, 32,77% acima de junho de 2006.
Conforme Lohbauer, o aumento das vendas para União Européia e Oriente Médio explicam o resultado até junho. Enquanto as vendas para a Rússia recuaram 13,23%, para 88,3 mil toneladas, os embarques para a UE cresceram 53,7%, para 271,4 mil toneladas e para o Oriente Médio, 56,19%, para 461,8 mil toneladas.
A entrada em vigor do sistema de cotas para o frango brasileiro na Europa, a partir deste mês, explica o aumento das vendas para aquele mercado no semestre passado. Mas, afirmou Lohbauer, as vendas mostram que há demanda pelo produto, o que também ocorre no Oriente Médio. Segundo ele, houve queda das vendas para a Rússia por causa do embargo do país a seis plantas exportadoras brasileiras, alegando contaminação com salmonela.
Para atender à demanda externa e também à interna, a produção nacional de frango terá de superar 10 milhões de toneladas este ano, segundo Clóvis Púperi, da União Brasileira de Avicultura (UBA). Em 2006, foram 9,3 milhões de toneladas. A expectativa é de que alojamento de pintos alcance 420 a 430 milhões mensais este semestre.