O aumento das restrições artificiais sobre as importações de carne suína para a Rússia pode resultar numa deterioração significativa das relações entre a União Europeia e os russos. Com acordos comerciais prejudicados, produtores europeus (em especial os dinamarqueses e alemães) devem registrar perdas recordes. As informações foram divulgadas por analistas russos e apuradas pelo site internacional Pig Progress.
Segundo os dados do PP, o governo russo insiste em implementar a sua política de restrições à importação de carne na esperança de aumentar o nível da produção nacional. A Rússia quer se tornar autossuficiente o mais rapidamente possível.
Mal recebida- As restrições russas não são bem aceitas pelos produtores de carne da Europa, uma vez que a Rússia é um dos maiores mercados para carne suína do mundo. Dados atuais indicam que a União Europeia exporta 45% de seus produtos suínos para a Rússia, porém, o número deve cair significantemente com tais restrições, informa o Pig Progress.
Duas empresas europeias, segundo os analistas russos, serão afetadas massivamente: A Danish Crown (Dinamarca) e a Toennies Fleisch (Alemanha). Hoje, as duas empresas respondem por cerca de 20% do total das exportações de carne suína para a Rússia, ou 6% das importações russas de carne suína (com o consumo atual na Rússia – cerca de 2 milhões de toneladas de carne suína por ano). Para o PP, as atuais políticas desenvolvidas pelas autoridades russas no comércio de carne pode forçar as empresas a buscar mercados alternativos para a venda de suínos num futuro muito próximo.
O Brasil deve ficar atento a este movimento europeu, uma vez que a concorrência por mercados suinícolas deve aumentar com as restrições russas.