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Relatório pressiona e soja tem perdas acentuadas em Chicago

Os preços da soja fecharam com acentuadas perdas nos futuros de Chicago nesta quarta-feira

Os preços da soja fecharam com acentuadas perdas nos futuros de Chicago nesta quarta-feira. O relatório de oferta e demanda de novembro trouxe uma estimativa para a produção de soja e de estoques finais dos EUA muito acima do esperado pelos analistas.

E esta avaliação vem com muito crédito uma vez que a colheita está quase concluída. Além disto, o mercado foi pressionado pela eleição – até certo ponto inesperada – de Trump nos EUA.

A aversão ao risco trouxe de volta fundos e investidores para a ponta vendedora. Enquanto isto, no Brasil, o plantio avança em ritmo recorde. O clima está no centro das atenções e, por certo, será um dos principais vetores para a formação dos preços nas próximas semanas e meses.

Fechamentos: janeiro a U$ 9,82, queda de 19,75 cents/bu e março a U$ 9,91, perda de 20,25 cents/bu. Relatório – O relatório de oferta e demanda de dezembro aumentou a estimativa de produção da safra norte-americana de soja para um nível além do esperado. Com isto, os estoques finais também surpreenderam pela grandeza.

De acordo com relatório divulgado pelo USDA no meio da tarde desta quarta-feira, a produção de soja dos EUA deve se situar em 118,69 milhões de tons, aumento 2,5 milhões de tons em relação à projeção do mês passado. Isto representa um novo e disparado recorde, com elevação de 11% sobre a safra do ano anterior. A produtividade também é recorde, com 58,28 sacas por hectare, ante 53,8 sacas por hectare colhidos na safra 2015/16.

Os estoques finais ficam mais robustos e bem acima do esperado. De acordo com as projeções do governo, os EUA devem terminar a temporada com 13,08 milhões de tons, aumento de 2,3 milhões de tons comparativamente ao mês de outubro. Na última temporada os estoques finais eram de 5,36 milhões de tons.

A produção mundial também experimenta um novo incremento e está avaliada em 336,09 milhões de tons, ante 333,22 milhões de tons estimadas no mês anterior. No comparativo com a safra passada, o incremento é de 7,4%. Os estoques finais vão a 81,53 milhões de tons, ante 77,36 milhões de tons previstos em outubro. Na última estação os estoques finais globais ficaram em 77,07 milhões de tons.

As importações da China seguem avaliadas em 86,0 milhões de tons para a temporada 2016/17. Já, para o ciclo 2015/16, o USDA elevou em cerca de 0,7 milhão de tons as compras chinesas, para 83,23 milhões de tons.

Para Brasil e Argentina o USDA não fez nenhuma revisão em relação ao relatório anterior. A produção brasileira deve se situar em 102 milhões de tons, ante 96,5 milhões de tons da última colheita. Para a Argentina a produção segue avaliada em 57,0 milhões de tons, contra 56,8 milhões de tons do último ciclo. (Veja mais dados na última página deste boletim).

Mercado interno – O ritmo de negócios, que já vinha lento, ficou ainda mais largado nesta jornada. A indústria continua reclamando de margens de esmagamento nada atrativas e por isso, se mantém pouco competitiva na compra do grão.

Apesar do câmbio em alta, perdas primeiramente nos prêmios e, depois, na bolsa norte-americana mantiveram as indicações de compra pressionadas. Ideia de preços de compra no oeste do estado entre R$ 72,00/74,00 por saca, dependendo do local de embarque e do prazo de pagamento. Em Paranaguá, indicação de compra entre R$ 75,50 e R$ 77,00 por saca.