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Mercado Interno

Relatório prevê preço da carne de frango sustentado no mercado interno

Os preços da carne de frango no mercado interno devem seguir sustentados neste semestre, mesmo com queda nos preços dos grãos.

Relatório prevê preço da carne de frango sustentado no mercado interno

Os preços da carne de frango no mercado interno devem seguir sustentados neste semestre, mesmo com queda nos preços dos grãos, por conta da alta na produção e na oferta do insumo, segundo relatório da INTL FCStone. A consultoria avalia que a demanda também alta e a oferta restrita no primeiro semestre – que afastou os avicultores justamente pelas margens apertadas – devem beneficiar os produtores até o final do ano.

“O cenário de demanda por carne de frango é de aceleração até o final do ano. Há uma sazonalidade natural do segundo semestre, devido às festas de fim de ano e ao maior consumo deste tipo de carne, combinada a uma restrição de oferta desencadeada por um período de margens mais apertadas em 2014”, informou a consultoria.

 A INTL FCStone cita a redução no alojamento dos pintos de corte no Brasil a partir de março, ante igual período de 2013, de uma média entre 515 milhões e 530 milhões de animais para um patamar entre 495 e milhões e 515 milhões de animais, como exemplo de restrição na oferta. Já as margens, que oscilaram entre negativas e estáveis entre maio e junho, voltaram a ser positivas em julho, cenário que deve permanecer até o final do ano. Em 2013, as margens foram positivas apenas a partir de agosto e, em 2012, a partir de setembro.

 De acordo com a consultoria, milho e soja têm cenário de preços baixista, especialmente por causa da grande oferta da safra dos Estados Unidos que será colhida no próximo mês. “No caso do milho, há ainda outro fator de pressão para os preços: a boa produção da safrinha brasileira, que também causou um excesso de oferta internamente. Com isso, os custos de produção do frango devem cair, sustentando as margens”, informou.

 No entanto, a INTL FCStone avalia que o cenário positivo não deve se prolongar em 2015, porque custos menores e margens positivas incentivam o aumento da oferta e devem pressionar o preço quando a demanda for ajustada.