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Representantes de cooperativas rurais pedem a Meirelles mais crédito para o setor

<p>As cooperativas também querem que a mesma garantia usada em financiamento que já está sendo pago possa ser utilizada em outro crédito concedido pelo banco.</p>

Redação (18/12/2008)- Representantes de cooperativas querem mais crédito para o setor. Hoje (17), integrantes de 36 cooperativas agropecuárias e seis parlamentares se reuniram com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, para avaliar os efeitos da crise financeira internacional no setor agropecuário, que enfrenta falta de crédito.

Segundo o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, as cooperativas têm menos acesso ao crédito porque os bancos privados e tradings (empresas que financiam e agricultura por meio da compra antecipada de safras) não querem emprestar. “O limite operacional [para conseguir crédito] dos bancos oficiais não é suficiente”, afirmou.

De acordo com Freitas, atualmente, o setor precisaria de R$ 12 bilhões no total, mas ele defendeu a liberação imediata de R$ 2 bilhões paras as cooperativas, com o objetivo de garantir a comercialização da nova safra. A medida está sendo analisada pela equipe econômica do governo.

As cooperativas também querem que a mesma garantia usada em financiamento que já está sendo pago possa ser utilizada em outro crédito concedido pelo banco.

Meirelles também ouviu reclamações de que as cooperativas estão com dificuldades de renovar crédito. Outra proposta é que o setor possa usa o crédito tributário acumulado, do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), para o pagamento de outros tributos federais e previdenciários. Segundo Freitas, atualmente o setor, formado por 1,6 mil cooperativas, acumula R$ 4 bilhões de crédito tributário.

Segundo o presidente da OCB, Henrique Meirelles prometeu estudar as reivindicações, mas disse que não haverá soluções imediatas. Hoje, às 15h, representantes de cooperativas também se reúnem com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. “Nosso objetivo imediato é sensibilizar”, afirmou Freitas.