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Restrição européia eleva despesa de frigoríficos

A morosidade nos portos europeus para liberação dos embarques brasileiros de carne de frango está provocando despesas adicionais.

Redação AI 26/11/2002 – A morosidade nos portos europeus para liberação dos embarques brasileiros de carne de frango está provocando despesas adicionais de US$ 1 milhão por mês aos exportadores, afirma o presidente do conselho de administração da Sadia, Luiz Furlan. Esses gastos, acrescenta, afetam a rentabilidade das empresas nas vendas para a União Européia.

Em outubro, as exportações da Sadia caíram 14,3% quando comparadas a igual período de 2001, somando R$ 143 milhões. Furlan preferiu não fazer previsões sobre os efeitos das restrições nas exportações da Sadia no quarto trimestre. Até outubro, as vendas externas da empresa cresceram 23,6%, alcançando R$ 1,538 bilhão.

Desde outubro, as autoridades portuárias européias passaram a inspecionar 100% dos embarques de frango brasileiro, o que gera um atraso de mais de 15 dias no desembaraço da mercadoria. Antes, apenas 10% das amostras eram testadas. A Europa alega risco de contaminação com nitrofurano, um antibiótico proibido na UE e no Brasil. A substância foi encontrado em amostras de frango brasileiro embarcadas no primeiro semestre. Para Furlan, trata-se de uma barreira comercial disfarçada. “Eles querem fazer o ajuste da oferta em cima do Brasil”. Segundo ele, há excesso de oferta na Europa, onde a produção aumentou 10%.

Ainda sobre barreiras, ontem o ministro da Agricultura, Pratini de Morais, disse que o Brasil vai à Organização Mundial do Comércio (OMC) para obter ressarcimentos dos prejuízos causados ao país pelos EUA, caso o governo americano não reveja as restrições impostas ao frango brasileiro que está sendo exportado para o Canadá, segundo informou o Valor Online.