O setor avícola brasileiro tem como expectativa para o mercado de 2018 a retomada do funcionamento de plantas suspensas pelo Ministério da Agricultura. O possível reestabelecimento nos embarques dessas plantas para a União Europeia deve auxiliar na reparação de impactos causados pela forte retração das exportações para o bloco no primeiro trimestre do ano. As informações foram publicadas pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
De acordo com o presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra, o ano era promissor para o setor, porém com a elevação dos custos de produção e as suspensões de plantas de exportação para a União Europeia impactaram negativamente o saldo do trimestre.
“A situação toda se refere a critérios de classificação de produtos, não de riscos ao consumidor. São empregos em risco, em um momento fundamental para a retomada econômica do País. Abrir um mercado toma anos de investimentos e é uma grande luta. Por este motivo, confiamos que o Ministério da Agricultura agilizará este processo de negociação com a Europa, tratando-o prioritariamente. Da mesma forma, acreditamos que as estratégias de explicações e eventuais correções devem ser repensadas, valorizando e dando crédito ao setor agroindustrial brasileiro. Ilegalidades devem ser combatidas, mas podemos pagar caro por decisões drásticas”, analisa Turra.
Balança Comercial
As vendas de carne de frango brasileiro totalizaram 1,017 milhão de toneladas, 5,6% a menos que as 1,078 milhão de toneladas registradas no primeiro trimestre do ano passado, informou a ABPA.
Em receita, as vendas do ano alcançaram US$ 1,605 bilhão, número 11,9% inferior na comparação com os US$ 1,822 bilhão dos três primeiros meses do ano passado.
Considerando apenas o mês de março, o setor exportou 376,6 mil toneladas, desempenho 2,2% menor que as 385,1 mil toneladas registradas no mesmo período de 2017. A receita dos embarques alcançou US$ 589,9 milhões, número 10% menor que as US$ 655 milhões do terceiro mês do ano passado.