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Exportação

Retrocesso do frango gaúcho

<p>Frango in natura do RS perde posição nos embarques. Possibilidade de incremento nas exportações e maior valorização de preços da carne é adiada para 2010.</p>

Depois de um 2008 excelente em termos de volumes e valores exportados, o que garantiu à carne de frango in natura subir para a quarta posição da pauta exportadora brasileira – representando 2,94% de toda a receita cambial do País – o produto corre o risco de, em 2009, retroceder para a mesma sexta colocação de dois anos atrás. Na época, a participação do produto na receita cambial ficou em 2,63%.

O secretário-executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), Eduardo dos Santos, disse que até outubro do ano passado os preços do produto se mantiveram aquecidos, cotados em média a US$ 2,2 mil a tonelada. No entanto, no início de 2009 foi registrada uma queda de cerca de 50% nesses valores. “Essa redução pode ser atribuída à crise econômica internacional que levou ao aproveitamento dos estoques por parte dos países importadores”, justificou. Em um comparativo de janeiro a julho de 2008, com o mesmo período deste ano, a receita caiu, conforme o dirigente, cerca de 13%.

Existe uma recuperação lenta dos volumes exportados, com a entrada da China como um dos principais mercados compradores, no entanto, a expectativa do setor de conseguir um incremento de 5% em volume em relação a 2008 está sendo revisada. No atual cenário, a grande tendência é de que tanto o Brasil como o Rio Grande do Sul consigam apenas repetir os volumes exportados no ano passado. O Estado exportou 775 mil toneladas de carne de frango in natura e o País chegou a um total de 3,6 milhões de toneladas do produto. A possibilidade de incremento nas exportações e também de maior valorização dos preços da carne de frango foi adiada para 2010. “Acreditamos que no próximo ano as negociações com a China, que agora se encontram a passos lentos, estarão a pleno”, disse Santos.

Os embarques do primeiro semestre do ano somaram 1,807 milhão de toneladas, o que representa 35 mil toneladas, ou 1,9% a menos do que o registrado no mesmo período em 2008, ocasião em que o setor registrou seu melhor momento em todos os tempos. Esse foi também o segundo recuo enfrentado pelo setor nessa década, mas não apresentou a intensidade observada no primeiro semestre de 2006, quando, em função da Influenza Aviária, os embarques do período caíram mais de 8%.