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Rumo ao topo da exportação avícola

<p>Os paranaenses concentram a maior produção de aves há oito anos, mas perdiam nas exportações para Santa Catarina.</p>

Redação (27/10/2008)- Pesquisas, manejo correto, boa capacidade industrial e aumento da demanda externa. O cenário favoreceu e neste ano o Paraná vai colher os resultados. O Estado deve fechar 2008 com um feito histórico: a liderança também nas exportações de frango. Os paranaenses concentram a maior produção de aves há oito anos, mas perdiam nas exportações para Santa Catarina. Agora, as projeções indicam que o comércio exterior irá crescer cerca de 20% neste ano com relação a 2007. E há mais uma boa notícia: em alguns casos deverá ser registrado incremento de 30% no faturamento.

"Fizemos um trabalho intenso para buscar novos mercados e fortalecer as relações comerciais. O Brasil exporta para 152 países e o Paraná também", afirma Domingos Martins, presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar). O Estado tem um grande número de indústrias habilitadas à exportação, de pequenas a grandes. Aliás, são poucos os que não exportam. Segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, 37% de toda a produção estadual foi para o mercado externo no ano passado.

Do total exportado pelo Brasil, o Paraná comercializou 26%, enquanto Santa Catarina, 28%. Do faturamento, os paranaenses abocanharam 25% da receita e os catarinenses, 29%. Até setembro deste ano, o Estado havia exportado 589.187 mil toneladas, o que corresponde a um aumento de 6,3% no volume comercializado e crescimento de 38,8% no faturamento. Já Santa Catarina havia exportado cerca de 598 mil toneladas no mesmo período, receita 34,4% maior e volume 1,2% superior. Segundo o Deral, a maior produção estadual está na Região Oeste, responsável por 34% do total.

As outras regiões concentram o restante: Sudoeste (24%), Norte (23%), Centro-Sul (13%) e Noroeste (6%). "A avicultura é desenvolvida por indústrias e cooperativas. Onde tem milho e soja tem frango"", comenta Roberto de Andrade Silva, médico veterinário do Deral. Aliás, a alimentação das aves – a base de ração com a mistura dos grãos – é um dos diferenciais, segundo o Sindiavipar. ""Nosso frango tem uma qualidade imbatível porque milho e soja garantem uma carne com paladar diferenciado. Criadores de outros estados utilizam outros produtos na alimentação", comenta Domingos Martins.

Homem no campo

A avicultura ainda é apontada como uma das responsáveis por manter o homem no campo e ajudar a conter o êxodo rural. Isso acontece porque este tipo de criação é considerada ideal para pequenas e médias propriedades, garantindo escala e rendimento. No modelo paranaense de produção – a integração – as indústrias ou cooperativas fornecem pintinhos, ração, assistência técnica e transporte do frango cabendo ao produtor rural apenas investir na construção de um aviário e fornecer mão-de-obra para cuidar das aves. Segundo o Sindiavipar, a avicultura emprega diretamente 50 mil pessoas e outras 500 mil indiretamente. No total mais de 10 mil famílias são produtores integrados.