Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Rússia deve dimimuir importações de carne suína e de frango

<p>Segundo representante russo, a produção interna do país está crecendo e alguns acordos comerciais precisam ser revistos.</p>

Redação (28/08/2008)- As cotas de importação de carne suína e de frango da Rússia serão reduzidas em "centenas de milhares de toneladas", afirmou hoje o ministro da Agricultura, Alexey Gordeyev. Segundo ele, a decisão foi tomada porque a indústria doméstica de carne suína e de frango está se desenvolvendo rapidamente e, ainda assim, as importações estavam crescendo muito.

O governo está preparando um programa de mais de US$ 800 milhões extras por ano para financiar a agricultura no período de 2009 a 2012. Cerca de 20% desse montante será destinado à indústria de carne suína e de frango.

Situação brasileira – A decisão do governo russo de reduzir as importações de carne suína e de aves deve ter pouco efeito no Brasil, segundo avaliação do presidente da Associação Brasileira das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto. Para ele, "o Brasil tem reduzido a dependência do mercado russo nos últimos anos e temos diversificado mais o número de destinos da carne suína".

Ele lembrou que o consumo no mercado interno no Brasil, este ano, está crescendo e pode chegar ao recorde de 14 quilos per capta. "Estamos muito tranqüilos em relação à Rússia. Temos um mercado interno aquecido e boas expectativas em relação a outros mercados, especialmente Chile e a China", disse Camargo Neto.

Já o presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Frango (Abef), Francisco Turra, avaliou a redução das importações como "preocupante". "É sempre muito preocupante ouvir a notícia de que a Rússia irá reduzir sua participação nas importações de carne de frango", afirmou Turra.

Apesar do temor de uma redução das exportações para a Rússia, Turra lembra que o aumento da produção interna russa não está em um processo tão adiantado, nem é tão rápido como se imagina. "Com isso, temos tempo para nos programar e migrar parte do que vendemos hoje para os russos para outros mercados", disse Turra