Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Rússia mantém embargo à carne suína de SC

<p>Denúncia de corrupção no processo de exportação dificultou as negociações entre os países.</p>

Redação SI (23/06/06)- A manutenção pelo governo russo do embargo às importações da carne suína brasileira foi o tema mais discutido no estande que a Fiesc montou na Feira Internacional de Alimentos, que se realiza esta semana no Pavilhão de Exposições Kintex, em Seul, Coréia do Sul. O tema foi analisado a partir das informações transmitidas pelo diretor de Operações Gerais da Seara, Pedro Benur Bohrer, de que o cancelamento das vendas está mantida pelos russos. Ninguém soube explicar as razões da decisão proibitiva.

Benur Bohrer presidiu a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Carne Suína (Abepecs) durante vários anos. Mantém contatos diretos com o Governo Federal. Em contato com os presidentes da Fiesc, Alcantaro Corrêa, e da Federação da Agricultura, José Zeferino Pedroso, anunciou que sua empresa já decidiu pela redução da produção de carne suína, enquanto aguarda novas informações de Moscou. O empresário catarinense está convencido de que só com a intervenção pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em contato com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, podem surgir notícias positivas.

Durante permanência em Seul, os líderes empresariais acionaram suas assessorias para tentar alguma ação concreta do Palácio do Planalto, no sentido de obter a revisão do que foi deliberado pelo governo russo.

A primeira razão oferecida pelo Governo de Moscou para cancelar as importações de carne suína catarinense e brasileira foi o registro de casos de febre aftosa no vizinho Estado do Paraná. Mesmo sendo comprovado que nada ocorreu no rebanho catarinense, o embargo foi mantido.

O governador Luiz Henrique realizou viagem de emergência à Rússia, falou com o prefeito de Moscou e com o ministro da Agricultura, criando a expectativa em torno da revogação da medida. Veio depois a denúncia de corrupção no processo de exportação, o que repercutiu pessimamente na Rússia e complicou as negociações entre governos.
Durante a Feira de Alimentos de Tóquio, o secretário geral do Ministério da Agricultura, Luiz Carlos Guedes Pinto, chegou a enfatizar que havia expectativa de liberação em uma semana. Nenhuma das previsões acabou sendo confirmada.