Redação (20/07/06) – O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luís Carlos Guedes Pinto, espera que a Rússia suspenda o embargo às exportações brasileiras de carne suína. Atualmente apenas o Rio Grande do Sul pode embarcar o produto para aquele país. A missão técnica russa que está vindo ao Brasil deverá liberar outros Estados, especialmente Santa Catarina.
Ele fez o comentário após participar da conferência O Desenvolvimento da Agricultura no Cerrado Brasileiro, no Workshop Internacional de Agricultura Tropical, em Brasília. O evento, que começou nesta terça, dia 18, e termina hoje, é promovido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Grupo Consultivo em Pesquisa Agrícola Internacional (CGIAR) e Banco Mundial.
A missão russa chegará este mês e ficará no Brasil por 14 dias. Nesse período ela inspecionará o trabalho feito para erradicar os focos de febre aftosa registrados no Mato Grosso do Sul e no Paraná em 2006. Por causa da ocorrência da doença, a Rússia restringiu as compras de carne suína brasileira, autorizando só os embarques procedentes do RS. As ações de controle da aftosa foram desenvolvidas pelo Ministério da Agricultura e os governos dos dois Estados.
Guedes falou ainda sobre o desenvolvimento da agricultura no cerrado brasileiro. Segundo ele, a expansão da atividade agrícola na região se deve a um conjunto de fatores.
Mas é inegável que a geração de conhecimento e tecnologia apropriada às condições dos trópicos, particularmente do cerrado, foi fundamental (para o crescimento da agricultura nessa área). E essa tecnologia foi gerada essencialmente pela Embrapa.
Ao sair do Workshop Internacional de Agricultura Tropical, o ministro também reiterou a intenção do governo federal de investir mais no seguro agrícola.
O governo está convencido que deve investir fortemente nesse campo afirmou.
A lei do seguro rural já foi aprovada pelo Congresso Nacional. Recentemente, o Palácio do Planalto autorizou a liberação de R$ 42,6 milhões previstos para o reforço do prêmio ao seguro agrícola.