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Rússia quer reforçar comércio com Goiás

Russos querem comprar de empresas goianas mais açúcar, carnes bovina e de aves, além de café solúvel, biscoitos e massas.

Da Redação 27/06/2003 – Os russos estão interessados em ampliar as compras de açúcar e carnes (bovina e aves) de Goiás. Também estão dispostos a adquirir de empresas goianas café solúvel, biscoitos, bolachas e massas. Em contrapartida, querem ampliar as vendas diretas de matéria-prima de adubos e fertilizantes para firmas misturadoras de adubo e passar a exportar trigo para os moinhos do Estado.

Essas intenções foram anunciadas ontem (26) pelo presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Rússia, Antonio Carlos Rosset Filho, durante entrevista à imprensa na sede da Federação das Indústrias de Goiás (Fieg). Ele assinou convênio com a Fieg para promoção de intercâmbio entre as duas entidades.

A Rússia também possui um projeto de implantação em Goiás de uma fábrica de sal de cromo, produto químico utilizado pelo setor coureiro no processamento do couro do estágio web blue.

Rodadas de negócios
Rosset, junto com mais dois diretores da Câmara, Anatoli Gatsalov e Alexander Ercohim, encerrou ontem visita de dois dias a Goiás. Eles estiveram na Mabel, Emege, Goiás Carne e Indústria de Álcool de Anicuns. A comitiva participou também de rodadas de negócios com empresários goianos das áreas de couro, carnes, bebidas e fertilizantes. Rosset anunciou ainda que brevemente será instalado em Goiânia um escritório da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Rússia.

“Queremos descentralizar os negócios efetuados com o Brasil, fora do eixo Rio-São Paulo. Goiás, como produtor de carnes, cereais e açúcar, poderá se tornar um grande parceiro de nosso país”, afirmou Antonio Rosset. A entidade presidida por ele possui cerca de mil empresários associados nos dois países e 12 representações no Brasil. É a terceira maior, após as Câmaras norte-americana e alemã.

O secretário do Comércio Exterior, Ovídio de Ângelis, afirmou que Goiás reúne todos os requisitos para buscar participação mais expressiva no mercado internacional. “A vinda dessa missão russa, e recentemente de norte-americanos, comprova que o potencial do agronegócio goiano está atraindo novos parceiros comerciais”, destacou.

Os russos pretendem ainda investir no Brasil, a partir do segundo semestre, mais de US$ 3 milhões (R$ 8,4 milhões) em equipamentos e tecnologia nas áreas de semi-condutores, indústria aeronáutica, nuclear, eletrônica fina, mecânica fina e medicina.

Conforme Antonio Carlos Rosset, a entidade pretende estreitar o relacionamento com indústrias de adubo goianas, de forma que elas passem a importar matéria-prima diretamente de companhias russas e não por meio de empresas de trading.